Petrobras (PETR4): Genial cita incertezas e mantém ‘neutra’
Em relatório após a Petrobras (PETR4) divulgar suas estimativas referentes às reservas provadas de óleo para 2024, a Genial reiterou sua recomendação de “manter” os papéis da empresa, citando algumas incertezas a serem monitoradas.
A casa viu com bons olhos a posição das reservas da Petrobras, especialmente pela relação entre reservas provadas e produção (R/P), que atualmente se encontra em 13,2 anos, sendo esse um indicativo relevante da sustentabilidade da produção da estatal no longo prazo segundo a casa.
Além disso, a Genial afirma que a PETR4 enfrenta um desafio importante: a produção no pré-sal, principal ativo da empresa, deve apresentar um declínio natural a partir de 2030. Dessa forma, a gestão eficiente das reservas é essencial para garantir a continuidade da exploração e mitigar riscos de escassez.
Outro ponto de destaque, segundo os analistas, foi o aumento no volume de incorporação de novas reservas. Em 2024, a Petrobras adicionou 500 milhões de boe ao seu portfólio, um crescimento de 25% em relação ao incremento registrado em 2023, que foi de 400 milhões de boe. A Genial afirma que esse resultado reafirma a capacidade da companhia de manter um bom nível de reposição de suas reservas.
O crescimento da reserva também reforça a importância da Margem Equatorial na estratégia da companhia, segundo o relatório. A discussão sobre a exploração dessa região tem ganhado destaque entre analistas e investidores, que veem nela uma alternativa para garantir a expansão e sustentabilidade da produção da Petrobras nas próximas décadas.
A estatal tem direcionado seus esforços operacionais e investimentos para a área de Exploração & Produção (E&P), consolidando sua posição como uma das principais petrolíferas do mundo. Esse foco, segundo a casa, é fundamental para manter a eficiência operacional e garantir que a empresa continue maximizando seus resultados em um setor altamente competitivo.
Apesar dos avanços na gestão das reservas, a Genial Investimentos reiterou sua recomendação de “manter” para as ações da Petrobras, com preço-alvo de R$48,00. A casa avalia que, embora a estratégia da companhia tenha apresentado melhorias, ainda existem incertezas que precisam ser monitoradas.
Entre os principais pontos de atenção, destacam-se:
- Premissas agressivas sobre os preços do Brent consideradas pela Petrobras em seu planejamento estratégico;
- Possível deterioração macroeconômica, que pode impactar os resultados da empresa;
- Riscos na gestão do segmento de Refino, que têm gerado preocupação entre investidores nas últimas semanas e devem permanecer como tema de debate no curto e médio prazo.
Por volta das 11h desta sexta-feira (31), a Petrobras operava praticamente estável no Ibovespa, com alta de 0,02% a R$ 37,40.
