Gêmeo digital da Petrobras (PETR4) será usado em todas plataformas e pode elevar produção em 1%
A Petrobras (PETR4) concluiu os testes do projeto piloto do modelo gêmeo digital nas plataformas FPSO Cidade de Anchieta e a P-57, que operam no campo de Jubarte, no pré-sal e pós-sal do Espírito Santo.
Por meio da tecnologia, que diz respeito a um modelo virtual que reproduz com precisão o modelo físico, será possível aumentar a produção da Petrobras em cerca de 1%, informou a companhia.
De acordo com a diretora de Exploração e Produção da estatal, Sylvia Anjos, a tecnologia deverá ser levada para todos os poços produtores e injetores offshore da Petrobras.
“Vamos dar início à implementação da ferramenta nos poços marítimos de outras unidades ainda este ano”, disse Anjos em nota.
De acordo com a Petrobras, a tecnologia fornece dados do sistema de produção em tempo real, gerando ganhos no processo de elevação e escoamento, que corresponde ao transporte do petróleo produzido desde o fundo do poço até as plataformas de produção.
O gêmeo digital da Petrobras também identifica antecipadamente ocorrências que possam comprometer a produção e permite a realização de teste virtual de soluções. A tecnologia foi desenvolvida pela empresa brasileira ESSS, com sede em Florianópolis, Santa Catarina.
“A Petrobras desenvolveu um protótipo de Gêmeo Digital que foi a base para a especificação da tecnologia. Esta solução preliminar surgiu na Unidade de Negócios Espírito Santo (UN-ES). Precisávamos desenvolver um sistema semelhante, porém mais robusto, comercial, sustentado e escalável para todos os poços offshore da companhia”, explicou a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da estatal, Renata Baruzzi.
O produto é resultado de uma Encomenda Tecnológica (ETEC), modalidade de contratação que demanda a solução de um problema real para o qual ainda não existe uma solução comercial. Nestes casos, a empresa selecionada será a que demonstrar mais condições de minimizar o risco tecnológico, informou a Petrobras.
Com Estadão Conteúdo