A Petrobras (PETR4) protocolou, na última quinta-feira (17), seu pedido de oferta subsequente de ações (follow-on) referente a sua participação na BR Distribuidora (BRDT3). A operação será realizada no Brasil, com esforços de colocação no exterior.
Conforme prospecto preliminar, o valor total pode chegar a R$ 11,542 bilhões, com a venda de 436.875.000 ações ordinárias de emissão de BR Distribuidora. O período de reserva termina em 29 de junho, com precificação prevista para o dia seguinte.
O valor, meramente indicativo, considera a cotação de fechamento das ações no pregão da última quarta-feira (16), de R$ 26,42, e a participação de 37,5% da petroleira na distribuidora.
Segundo a coluna Broadcast, o Conselho de Administração da estatal bateu o martelo sobre a venda da participação de 37,5% na BR Distribuidora no fim da semana passada.
A decisão do desinvestimento já tinha sido tomada no começo do ano passado, na gestão de Roberto Castello Branco, mas a operação foi atrasada por conta da pandemia, que afetou o preço das ações da companhia na Bolsa brasileira. Agora a operação também foi referendada pela administração de Joaquim Silva e Luna.
Segundo o documento, a oferta está sendo estruturada pelo Morgan Stanley (coordenador líder), Bank of America Merrill Lynch, Goldman Sachs, JPMorgan, Itaú BBA, Citi e XP.
Petrobras pode aumentar dividendos ainda em 2021
A Petrobras poderá elevar dividendos ainda neste ano, com base nas previsões do Credit Suisse.
Segundo os analistas do banco, com o acordo entre Petrobras e chinesas no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, a companhia pode alcançar a meta de endividamento antecipadamente e elevar os dividendos ainda em 2021. A projeção foi revelada por meio de um relatório no início desta semana.
A petrolífera informou na última semana que receberá US$ 2,94 bilhões de suas sócias em Búzios pela compensação total dos investimentos feitos pela brasileira no ativo. Segundo a empresa, Búzios é o maior campo de petróleo em águas profundas do mundo.
“Vemos o anúncio como positivo para as ações, já que o caixa de curto prazo ajuda a Petrobras a atingir a meta de dívida bruta de US$ 60 bilhões e ative a nova política de dividendos antes do fim de 2021”, apontaram os analistas.
Com informações do Estadão Conteúdo.