A Petrobras (PETR4) confirmou na quarta-feira (30), em fato relevante que seu conselho de administração aprovou o preço de R$ 26 por ação para as ações da BR Distribuidora (BRDT3), no âmbito da oferta pública de distribuição secundária de ações (follow-on), movimentando R$ 11,358 bilhões.
A demanda pela ação a R$ 26,00, preço fechado na venda, chegou a encostar em R$ 25 bilhões, número que surpreendeu os envolvidos. A oferta, uma das maiores operações secundárias (venda de ações já existentes) já feitas no Brasil, atraiu ordens de 120 fundos, locais e estrangeiros, de acordo com fontes.
Alguns fundos chegaram a fazer pedidos individuais de R$ 500 milhões pelos papéis, que pertenciam à Petrobras, que agora sai do capital da companhia. Entre os fundos, houve muitos participantes do tipo long-only, que têm perfil de longo prazo.
Frente a isso, a BR Distribuidora foi privatizada após a maior oferta de ações do ano. A oferta foi estruturada pelo Morgan Stanley (coordenador líder), Bank of America Merrill Lynch, Goldman Sachs, JPMorgan, Itaú BBA, Citi e XP.
Petrobras anuncia venda das ações da BR Distribuidora
A Petrobras havia protocolado seu pedido de oferta subsequente de ações referente a sua participação na distribuidora de combustível no último dia 17 de junho.
O prospecto preliminar apontava que o valor total poderia chegar a R$ 11,542 bilhões, com a venda de 436.875.000 ações ordinárias de emissão da companhia
Segundo a coluna Broadcast, o Conselho de Administração da estatal bateu o martelo sobre a venda da participação de 37,5% na BR Distribuidora no início desse mês.
A decisão do desinvestimento já tinha sido tomada no começo do ano passado, na gestão de Roberto Castello Branco, mas a operação foi atrasada por conta da pandemia, que afetou o preço das ações da companhia na Bolsa brasileira. Agora a operação também foi referendada pela administração de Joaquim Silva e Luna.
A abertura de capital da distribuidora de combustíveis ocorreu em 2017, dois anos antes da privatização. A Petrobras se desfez do controle da empresa, com a venda da participação de 30% por R$ 9,6 bilhões. A atual fatia de 37,5% na companhia corresponde a R$ 11,69 bilhões, com base no valor de mercado corrente.
(Com informações do Estadão Conteúdo)