Petrobras (PETR4) inicia fase vinculante para venda do Polo Norte Capixaba
A Petrobras (PETR4) informou hoje, em comunicado ao mercado, que iniciou a fase vinculante referente à venda de toda sua participação em quatro campos terrestres de petróleo no Polo Norte Capixaba, no Espírito Santo.
Todos os quatro campos colocado à venda pelo processo de desinvestimentos da Petrobras já possuem instalações integradas. São eles:
• Cancã
• Fazenda Alegre
• Fazenda São Rafael
• Fazenda Santa Luzia
Em 2020, o Polo Norte Capixaba produziu 7,02 mil barris de óleo e 60,4 mil metros cúbicos de gás por dia.
Agora, segundo a Petrobras, os potenciais compradores receberão uma carta-convite com instruções detalhadas sobre o processo, incluindo orientações para a realização de auditoria e de como enviar as propostas.
Ainda segundo o comunicado, a operação faz parte da estratégia de otimização de portfólio da Petrobras, que passará a se concentrar cada vez mais na extração de gás e petróleo em águas profundas, onde a empresa tem demonstrado “grande diferencial competitivo”.
Petrobras continua com processo de desinvestimentos
Na primeira semana de janeiro, a Petrobras informou que assinou com a V2I Transmissão de Energia Elétrica contrato para a venda da totalidade de suas participações nos parques eólicos Mangue Seco 3 e 4, em que possuía 49% dos ativos.
Nas últimas semanas de 2020, a Petrobras acelerou os desinvestimentos, se desfazendo da sua participação no gasoduto Brasil-Bolívia, da Liquigás e assinando a alienação de suas atividades relativas à produção de biodiesel.
Além disso, a companhia vem tentando também reduzir custos. Em dezembro, anunciou que fechará seu escritório em Londres, concentrando suas atividades administrativas da Europa em Roterdã, na Holanda.
No começo de janeiro, a estatal reabriu seu plano de demissão voluntária, que havia sido encerrado há seis meses, previsto para acabar no dia 31. Na primeira vez, 9,4 mil trabalhadores se inscreveram no programa.
A Petrobras, com os incentivos à demissão, espera diminuir o custo com pessoal em R$ 4 bilhões até 2025. O lucro, excluído os gastos com indenizações, pode chegar a R$ 18 bilhões.