A Transpetro, subsidiária da Petrobras (PETR4), pretende apoiar a exploração de petróleo e gás natural na Margem Equatorial. O presidente da petroleira, Jean Paul Prates, confirmou em redes sociais a intenção da Transpetro de prestar serviços aos outros países nessas expedições.
Apesar de ainda estar no aguardo da licença do Ibama para a exploração da região, Prates já fala sobre o potencial da Petrobras em prestar suporte aos países vizinhos, Guiana e Suriname, que “apresentam potenciais exploratórios gigantescos e pouquíssimas infraestrutura de óleo e gás”.
“Nada impede que a Transpetro preste serviço para os nossos parceiros, seja serviços de alívio de plataforma, exportação de petróleo ou até operação e manutenção de dutos e terminais”, incentivou Prates.
Reforçando a liderança técnica e econômica, Prates acredita que a Petrobras e a Transpetro podem auxiliar a Guiana e o Suriname a superarem desafios e desenvolverem suas economias locais. Em paralelo, é uma oportunidade para expandir as fronteiras da empresa brasileira.
Prates também falou sobre as mudanças que estão sendo vistas no setor de energia e completou: “A Transpetro, assim como toda a indústria de óleo e gás, também vai precisar se reinventar. A transição energética vai gerar novas demandas e desafios”.
Medidas de descarbonização e oportunidades no setor de energia limpa
O presidente da Petrobras destacou que medidas de descarbonização já estão sendo adotadas pela Transpetro em sua frota. A empresa que atua como o braço de transporte da Petrobras, já conta com a instalação de apêndices hidrodinâmicos nos navios para aumentar a eficiência do sistema propulsivo. Além disso, teve o primeiro abastecimento de bunker com conteúdo renovável realizado no Brasil, com 90% de bunker e 10% de biodiesel.
Prates ressaltou as metas agressivas de descarbonização estabelecidas pela International Maritime Organization (IMO) e afirmou que a Transpetro está se esforçando para atender às demandas internacionais em sua frota.
Transporte e distribuição de hidrogênio verde
Assunto que não podia ficar de fora, Prates destacou a importância do hidrogênio verde como uma aposta para entregar energia limpa a setores difíceis de descarbonizar, o que pode representar uma nova oportunidade de negócio para a Transpetro.
Levando em consideração as dúvidas sobre o transporte e distribuição de hidrogênio verde, o presidente indicou que por enquanto, a melhor solução é em formato de amônia em navios que percorrem grandes distâncias e dutos para interiorização pode ser a melhor solução. Ele enfatizou que essas são exatamente as áreas em que a subsidiária se destaca. “À medida que a Petrobras expande suas operações, ela precisará cada vez mais da Transpetro para transportar, armazenar e escoar”, concluiu.
Com informações de Estadão Conteúdo.