Em um novo capítulo sobre o imbróglio envolvendo o trabalho de exploração na Foz do Amazonas pela Petrobras (PETR4), a petroleira negou que espera obter a licença ambiental em até seis meses. Nesta quarta (31), a companhia detalhou os últimos passos dessa iniciativa.
“A Petrobras segue comprometida com o desenvolvimento da Margem Equatorial, a nova fronteira energética do Brasil, que abrange cinco bacias em alto mar, entre o Amapá e o Rio Grande do Norte. Neste sentido, a companhia vem empenhando todos os esforços na obtenção desta licença de perfuração no bloco FZA-M-059, onde se compromete a atuar com segurança e total respeito e cuidado com o meio ambiente e com a população da região”, destacou a empresa em documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Na semana passada, a gestão da Petrobras protocolou no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) um pedido de reconsideração do indeferimento da licença ambiental que autorizaria a perfuração no local.
“O objetivo é verificar a presença de petróleo em águas profundas em profundidade de aproximadamente 3 mil metros. O mapeamento (imageamento da subsuperfície) no local a ser perfurado confirmou que não existe área sensível na área de 500 metros de raio da localização do poço”, detalhou a companhia.
“A Petrobras reafirma que está preparada para realizar com total responsabilidade atividades na Margem Equatorial, onde pretende empregar todo o seu conhecimento operacional e as tecnologias necessárias para garantir uma operação segura. Fazer a transição energética justa de forma equilibrada é o maior desafio atual de todas as empresas do setor”, complementou.
Petrobras na Foz do Amazonas
No dia 17 de maio, o Ibama negou pela segunda vez a licença para a perfuração deste poço. Desde então, acentuou-se uma batalha interna entre governo e políticos sobre o tema.
De acordo com a jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, o presidente da petroleira, Jean Paul Prates, teria dito aos conselheiros da Petrobras que a exploração “vai sair” nos próximos seis meses. Além de negar essa afirmação no documento publicado pela Petrobras na CVM, Prates chamou o classificou a reportagem como “fake”.