A Petrobras (PETR4) fez um esclarecimento ao mercado nesta segunda-feira (8) acerca do afastamento de Sérgio Machado Rezende do cargo de conselheiro de administração da estatal.
A suspensão de Sérgio Machado Rezende foi determinada pela 21ª Vara Federal de São Paulo. Ex-ministro da Ciência e Tecnologia, ele foi indicado pela União para uma vaga no conselho de administração da petroleira em abril de 2023.
Segundo a Petrobras, o afastamento ocorreu devido à “inobservância de requisitos do Estatuto Social da Companhia no processo de indicação do conselheiro”.
Ainda no comunicado, a companhia disse que “buscará a reforma da referida decisão por meio do recurso cabível, de forma a defender a higidez de seus procedimentos de governança interna, como tem atuado em outras ações em curso na mesma vara, questionando indicações ao conselho”.
“Fatos julgados relevantes sobre o tema serão tempestivamente divulgados ao mercado, destacando que os casos são acompanhados pelos órgãos internos”, completou a Petrobras.
Petrobras (PETR4) é quem deve decidir sobre pagar ou não os dividendos, diz Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira que cabe à Petrobras a decisão de distribuir ou não os dividendos extraordinários aos acionistas.
Haddad ponderou, no entanto, que o tema está bem encaminhado e que a empresa está “robusta”. Os dados sobre o caixa da estatal têm sido levados ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, segundo ele.
“Temos levado muitas informações para o presidente sobre a situação do caixa da Petrobras para que ele Lula possa ter tranquilidade que o plano de investimento não vai ser prejudicado pelo financeiro”, disse o ministro Fernando Haddad.
Haddad afirmou que essas informações vão dar segurança para que a diretoria da companhia possa tomar uma decisão sobre os dividendos da Petrobras.
De acordo com o ministro, os números da empresa estão consistentes e há capacidade para realizar um plano de investimento eficiente.
Ele repetiu que a estatal estava sendo “dilapidada”, em referência ao governo do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), e disse que é um desafio retomar a agenda de investimentos da companhia.
Questionado sobre um calendário para definição da distribuição de dividendos da Petrobras, Haddad disse que cabe à empresa, mas relembrou que está prevista uma reunião do conselho para este mês.
Haddad diz que comando da Petrobras não está sob sua alçada e que não discute isso com Lula
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, evitou comentar nesta segunda-feira (8) sobre eventual troca de comando da Petrobras. Haddad disse que o assunto não está na sua alçada e reforçou que não discute esse tema com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Haddad foi chamado no domingo para retornar a Brasília para participar de uma reunião com Lula sobre o futuro da estatal. A expectativa girava em torno da possibilidade de demissão do atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. O chefe do executivo, no entanto, se irritou com o vazamento e cancelou o encontro.
Até o momento, não há uma decisão se Prates continuará ou não no comando da Petrobras. Interlocutores do governo avaliam que, se Lula de fato decidir demiti-lo, o anúncio seria feito apenas após o fechamento do mercado. O consenso é de que é preciso tomar uma medida em breve para evitar que as ações da Petrobras continuem em queda.
Desempenho das ações de Petrobras
Confira o desempenho das ações de Petrobras (PETR4).
Cotação PETR4
*Com informações de Estadão Conteúdo