Ícone do site Suno Notícias

Petrobras (PETR4) aumenta em 11,4% preço médio do querosene de aviação

Avião. Foto: Pixabay

Azul e Gol. Foto: Pixabay

O preço médio da querosene de aviação (QAV) foi elevado em 11,4% pela Petrobras (PETR4). O aumento foi anunciado nesta quinta-feira (2), mas está valendo desde ontem. O combustível é utilizado por aviões de grande porte e sua elevação deverá impactar no valor final das passagens aéreas, que vinham sendo vendidas em um patamar alto desde o início deste ano, principalmente depois do início da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

“A Petrobras esclarece que os preços de venda de querosene de aviação (QAV) às companhias distribuidoras são ajustados mensalmente, sendo definidos por meio de fórmula contratual negociada pelas empresas. Essa prática é adotada há aproximadamente 20 anos, desde o primeiro contrato comercial entre Petrobras e distribuidoras. Os preços de venda de QAV da Petrobras buscam o equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor do produto e da taxa de câmbio, para cima e para baixo”, afirmou a estatal.

A Petrobras destacou que comercializa o QAV produzido em suas refinarias ou importado apenas para as empresas distribuidoras. Estas transportam e comercializam o produto para as companhias aéreas e outros consumidores finais nos aeroportos ou para os revendedores. Distribuidoras e revendedores são os responsáveis pelas instalações nos aeroportos e pelos serviços de abastecimento.

“O mercado brasileiro de combustíveis é aberto à livre concorrência e não existem restrições legais, regulatórias ou logísticas para que outras empresas atuem como produtores ou importadores de QAV”, esclareceu a Petrobras.

Defasagem do diesel salta 10% e a da gasolina atinge 14%

A defasagem média do diesel e da gasolina comercializados no mercado interno disparou 10% e 14%, respectivamente, aumentando a pressão para que a Petrobras reajuste o preço dos combustíveis nas suas refinarias, em um momento crítico para o presidente demissionário, José Mauro Coelho. O último aumento da gasolina foi no dia 11 de março e do diesel, no dia 10 de maio.

Os derivados de petróleo seguem a pressão de alta da commodity a ao aumento da demanda, principalmente do diesel.

Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), de pequenas e médias empresas, em alguns portos brasileiros a defasagem da gasolina chega a 16% e a do diesel, a 11%.

Para alinhar os preços, a Petrobras teria que aumentar o litro da gasolina em R$ 0,62 e o diesel em R$ 0,55.

Uma nova alta dos combustíveis, porém, ainda é dúvida na empresa. Mesmo demitido e sofrendo pressão para renunciar do cargo, Coelho vem trabalhando normalmente e ainda deve permanecer na cadeira por quase dois meses.

Nesta quinta-feira, postou nas redes sociais vídeos promocionais da companhia sobre suas atividades, num esforço de comunicação que havia informado, em entrevista ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), que seria uma marca da sua gestão na Petrobras.

Nesta quarta (1º), a colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo, noticiou que Coelho resiste à pressão do Palácio do Planalto para renunciar — o que abreviaria o processo de substituição no comando da estatal para uma semana, com a convocação do atual conselho para ratificar o nome de seu substituto, Caio Mário Paes Andrade.

A colunista informa que o presidente demissionário fica até a assembleia de acionistas da Petrobras, daqui a dois meses.

Com Agência Brasil e Agência Estado

Sair da versão mobile