Petrobras (PETR4): de olho em dividendos, XP eleva preço-alvo

A XP emitiu um novo relatório sobre a Petrobras (PETR4), atualizando seu modelo para a companhia e a reiterando como top pick, “com base em yields atraentes”.

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O novo preço-alvo da XP para as ações da Petrobras (PETR4) é de R$ 46, ante R$ 45,10, enquanto o papel é negociado na casa dos R$ 36 atualmente.

A casa, contudo, afirma que os preços mais baixos do petróleo levarão a resultados sequencialmente mais fracos para a Petrobras no 3T24.

A projeção é de US$ 11,1 bilhões de Ebitda, com lucro líquido de US$ 4,1 bilhões e fluxo de caixa livre (FCFE) de cerca de US$ 3,6 bilhões.

Já os dividendos da Petrobras, segundo a XP, devem ficar em US$ 2,6 bilhões, com 2,8% de yield. Além disso, a casa acredita que a companhia pode anunciar dividendos extraordinários de até US$ 4 bilhões (4,6% de yield).

“A Petrobras continua sendo uma de nossas principais opções, com dividendos ordinários atraentes e rendimentos FCFE de cerca de 10% e cerca de 12,5% em 2025. Os riscos para nossa recomendação incluem preços de petróleo potencialmente mais baixos e gastos mais elevados com investimentos, entre outros”, diz o relatório.

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O dividend yield da Petrobras, destaca a XP, pode ser “substancialmente” maior se a companhia anunciar dividendos extraordinários. A companhia não tem a obrigação de fazer essa distribuição, mas os analistas acreditam que o estágio avançado de planejamento para o próximo plano de negócios permite que a Petrobras tenha maior visibilidade sobre as necessidades futuras de caixa.

“Em nossa opinião, a distribuição adicional poderia chegar a até US$ 4 bilhões (yield adicional de 4,6%), embora a empresa possa optar por ser mais conservadora e reter mais dinheiro em caixa”, afirma o relatório.

Sobre os dados de produção da Petrobras do terceiro trimestre, que apresentaram queda no segmento de petróleo, a XP afirma que a explicação gira em torno das paradas de manutenção e intervenções não planejadas nos ativos do pós-sal, nos quais a produção caiu mais.

Contudo, os analistas chamam a atenção para a redução de estoques, que segundo a XP, pode proporcionar um aumento significativo nos resultados da Petrobras do terceiro trimestre, embora essas vendas adicionais venham, geralmente, com uma menor do que aquela relacionada à produção própria da empresa.

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Guilherme Serrano

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