Ícone do site Suno Notícias

Petrobras (PETR4): dividendos robustos vêm aí?

Petrobras (PETR4). Foto: iStock.

Petrobras (PETR4). Foto: iStock.

A Petrobras (PETR4) divulgou sua prévia operacional referente ao quarto trimestre de 2024, e em relatório, o BTG Pactual avalia os números e fala sobre as perspectivas de pagamento de dividendos pela estatal.

No 4T24, a produção total de óleo e gás da PETR4 alcançou 2,6 milhões de barris por dia (mb/d), uma redução de 2% em relação ao trimestre anterior.

A produção de petróleo no Brasil registrou 2,1 mb/d, também uma queda de 2%. O desempenho foi impactado por paradas de manutenção em Búzios, um dos maiores campos do pré-sal.

Apesar do recuo, a produção total de petróleo em 2024 ficou em 2,15 mb/d, dentro da faixa de variação de 4% estabelecida pela meta de 2,2 mb/d.

Para 2025, o BTG projeta um aumento na produção, que deve alcançar 2,52 mb/d (+4,5% na comparação anual), impulsionado pela redução das paradas de manutenção e pela entrada em operação de novas plataformas.

Refino e vendas: desempenho acima do esperado

No segmento de downstream, a Petrobras operou com uma taxa de utilização das refinarias de 93%, alinhada às expectativas do mercado. As vendas totais chegaram a 2,8 mb/d no quarto trimestre, superando as estimativas do BTG em 3%, graças ao aumento nas exportações.

Outro destaque foi a redução das importações de diesel, que atingiram o menor patamar desde a pandemia, com apenas 34 mil barris por dia no período. Isso reflete a estratégia da Petrobras de focar no ganho de participação de mercado no Brasil.

Dividendos robustos e menores despesas de capital

Para o quarto trimestre de 2024, o BTG estima um EBITDA de US$ 10,8 bilhões, 7% menor em relação ao trimestre anterior, impactado pela redução da produção e pela queda de 6% nos preços do petróleo.

Ainda assim, a casa afirma que os investidores devem manter o foco nos dividendos da Petrobras, estimados pelo BTG em US$ 3,3 bilhões, representando um yield de 3,8%.

Em termos de capex, a Petrobras deve reportar um total de US$ 14,2 bilhões em 2024, segundo os analistas, um valor inferior à meta original de US$ 18,5 bilhões, que foi posteriormente revisada para a faixa de US$ 13,5-14,5 bilhões.

Perspectivas para 2025

Com a alta recente nos preços do petróleo e a valorização do real frente ao dólar, o BTG vê assimetrias positivas para os resultados da Petrobras em 2025.

Além disso, segundo os analistas, o aumento nos preços domésticos do diesel sugere que a política de preços deve continuar próxima à paridade de importação (IPP), garantindo maior previsibilidade e suporte para a estimativa de dividend yield de 12% (ou até 14% considerando dividendos especiais).

Por fim, o BTG reforça as ações da Petrobras como top pick, citando fundamentos operacionais sólidos, potencial de crescimento na produção e uma política consistente de remuneração aos acionistas.

O balanço da Petrobras referente ao quarto trimestre de 2024 está marcado para o próximo dia 26 de fevereiro.

Sair da versão mobile