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Petrobras (PETR4): “Aumento de dividendos compensa risco eleitoral”, diz Goldman Sachs

Refinaria Duque de Caxias, da Petrobras.

Refinaria Duque de Caxias, da Petrobras. Foto: André Motta de Souza / Agência Petrobras

A Petrobras (PETR4) divulgou na noite de quarta-feira (9) seu relatório de produção e vendas do quarto trimestre. Os números vieram em linha com o esperado pelo mercado e, de acordo com o Goldman Sachs, as ações já estão precificadas, de modo que a reação deve ser neutra para os dados.

Em relatório, o GS reitera sua recomendação de compra para as ações da Petrobras após os números, e indica que espera um aumento de 30% no dividend yield da estatal em 2022, “o que compensa o risco eleitoral de outubro”.

Já o BTG Pactual, não vê os bons resultados da petroleira com os mesmos olhos. Para os analistas do banco, a recomendação das ações PETR4 e PETR3 é neutra, justamente porque o debate eleitoral “é mais do que apenas uma questão de independência da política de preços dos combustíveis”.

De acordo com o relatório do BTG, o sentimento em relação às ações da Petrobras tem melhorado nos últimos tempos, principalmente pela recorrência de pagamento de dividendos, combinada com um resultado consistente e positivo.

Porém, a falta de visibilidade sobre a alocação de capital da petroleira a partir de 2023 deixa os analistas céticos sobre uma reavaliação completa. “Preferimos aproveitar o momento do preço do petróleo por meio de outros nomes sob nossa cobertura que registram alto crescimento da produção”, escrevem os analistas.

Recomendações

De nove recomendações de analistas para as ações da Petrobras (PETR4), 7 delas indicam compra dos papéis, enquanto duas permanecem neutras. A mediana do preço-alvo é de R$ 38,00, enquanto o preço atual da ação preferencial está em R$ 32,22.

O Goldman Sachs recomenda compra, para ambos os papéis:

Já o BTG Pactual mantém sua posição neutra para as ações da Petrobras, com preço-alvo de US$ 15,00 para as ADRs da estatal listadas em Nova York.

Produção e venda da Petrobras no 4T21

A produção brasileira de petróleo pela Petrobras ficou em 2,151 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed), uma queda trimestral de -5,2% e alta anual de +1%. A participação do pré-sal na produção de petróleo do Brasil foi de 74%.

E o pré-sal foi um dos destaques do ano. De acordo com o relatório, “a produção no pré-sal vem crescendo rapidamente e o recorde registrado representa mais do que o dobro do volume que produzíamos nesta camada há 5 anos”. O recorde mencionado é a média anual de 1,95 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) produzidos em 2021, representando 70% da produção total da Petrobras.

A taxa média de utilização das refinarias no 4T21 foi de 86%, contra 84% no 3T21 e 82% no 4T20. Com isso, a petroleira aingiu seu maior nível desde 2016 e marcou o segundo ano consecutivo em que a taxa de utilização das refinarias aumentou – a média em 2021 foi de 81%.

As vendas de derivados de petróleo no mercado interno foram 5% menores no período de outubro a dezembro frente as vendas do 3T21. O principal impacto veio das menores vendas de diesel, GLP (devido à sazonalidade desses produtos) e de óleo combustível (devido ao menor despacho termelétrico no último período).

Por outro lado, as vendas de gasolina aumentaram no mesmo período, graças à maior demanda sazonal e o encarecimento do combustível de aviação, que aumentou devido à recuperação do mercado.

Os resultados do 4T21 da Petrobras serão divulgados no dia 25 de fevereiro.

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