Petrobras (PETR4): “Aumento de dividendos compensa risco eleitoral”, diz Goldman Sachs

A Petrobras (PETR4) divulgou na noite de quarta-feira (9) seu relatório de produção e vendas do quarto trimestre. Os números vieram em linha com o esperado pelo mercado e, de acordo com o Goldman Sachs, as ações já estão precificadas, de modo que a reação deve ser neutra para os dados.

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Em relatório, o GS reitera sua recomendação de compra para as ações da Petrobras após os números, e indica que espera um aumento de 30% no dividend yield da estatal em 2022, “o que compensa o risco eleitoral de outubro”.

Já o BTG Pactual, não vê os bons resultados da petroleira com os mesmos olhos. Para os analistas do banco, a recomendação das ações PETR4 e PETR3 é neutra, justamente porque o debate eleitoral “é mais do que apenas uma questão de independência da política de preços dos combustíveis”.

De acordo com o relatório do BTG, o sentimento em relação às ações da Petrobras tem melhorado nos últimos tempos, principalmente pela recorrência de pagamento de dividendos, combinada com um resultado consistente e positivo.

Porém, a falta de visibilidade sobre a alocação de capital da petroleira a partir de 2023 deixa os analistas céticos sobre uma reavaliação completa. “Preferimos aproveitar o momento do preço do petróleo por meio de outros nomes sob nossa cobertura que registram alto crescimento da produção”, escrevem os analistas.

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Recomendações

De nove recomendações de analistas para as ações da Petrobras (PETR4), 7 delas indicam compra dos papéis, enquanto duas permanecem neutras. A mediana do preço-alvo é de R$ 38,00, enquanto o preço atual da ação preferencial está em R$ 32,22.

O Goldman Sachs recomenda compra, para ambos os papéis:

  • PETR4 tem preço-alvo de R$ 37,40, um upside de 17,1%,
  • PETR3 tem preço-alvo de R$ 40,90, uma valorização de 16,9%.

Já o BTG Pactual mantém sua posição neutra para as ações da Petrobras, com preço-alvo de US$ 15,00 para as ADRs da estatal listadas em Nova York.

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Produção e venda da Petrobras no 4T21

A produção brasileira de petróleo pela Petrobras ficou em 2,151 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed), uma queda trimestral de -5,2% e alta anual de +1%. A participação do pré-sal na produção de petróleo do Brasil foi de 74%.

E o pré-sal foi um dos destaques do ano. De acordo com o relatório, “a produção no pré-sal vem crescendo rapidamente e o recorde registrado representa mais do que o dobro do volume que produzíamos nesta camada há 5 anos”. O recorde mencionado é a média anual de 1,95 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) produzidos em 2021, representando 70% da produção total da Petrobras.

A taxa média de utilização das refinarias no 4T21 foi de 86%, contra 84% no 3T21 e 82% no 4T20. Com isso, a petroleira aingiu seu maior nível desde 2016 e marcou o segundo ano consecutivo em que a taxa de utilização das refinarias aumentou – a média em 2021 foi de 81%.

As vendas de derivados de petróleo no mercado interno foram 5% menores no período de outubro a dezembro frente as vendas do 3T21. O principal impacto veio das menores vendas de diesel, GLP (devido à sazonalidade desses produtos) e de óleo combustível (devido ao menor despacho termelétrico no último período).

Por outro lado, as vendas de gasolina aumentaram no mesmo período, graças à maior demanda sazonal e o encarecimento do combustível de aviação, que aumentou devido à recuperação do mercado.

Os resultados do 4T21 da Petrobras serão divulgados no dia 25 de fevereiro.

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Monique Lima

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