Quanto a Petrobras (PETR4) pagará em dividendos?

A Petrobras (PETR4) reporta seus resultados do 4T24 no próximo dia 26 de fevereiro, e em relatório, a Genial Investimentos estima alguns números da companhia no período, incluindo o valor a ser pago em dividendos.

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A casa espera que a PETR4 apresente números sólidos no quarto trimestre. Segundo o relatório, não só a estatal, mas todas as companhias de petróleo, foram impactadas por dois drivers importantes: o próprio preço do Brent e o câmbio, que passou por uma desvalorização relevante ao longo do trimestre.

O preço médio do Brent no 4T24 foi de US$80,4/barril (vs US$77,7/barril no 3T24), demonstrando um incremento de 3,5% trimestre a trimestre.

Já o câmbio médio no mesmo período foi de R$5,92 (vs R$5,51 no 3T24), representando uma desvalorização expressiva de 7,5% trimestre a trimestre, o que é favorável para empresas com receitas dolarizadas.

A Genial espera que os investimentos da Petrobras no 4T24 alcancem US$ 4 bilhões, ante pouco mais de US$ 3 bilhões nos últimos trimestres.

Diante disso, a casa estima a distribuição de R$ 1,1 por ação em dividendos da Petrobras regulares referentes ao quarto trimestre.

Unificação de campos pode impactar dividendos da Petrobras (PETR4)

A decisão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de unificar os campos de Berbigão e Sururu, no pré-sal da Bacia de Santos, pode gerar impactos financeiros significativos para a Petrobras (PETR4), segundo análise do Itaú BBA, incluindo possíveis reflexos nos dividendos da empresa.

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A estatal detém 42,5% de participação na concessão BM-S-11A, onde os campos estão localizados, e de acordo com o relatório, a unificação implica no recolhimento retroativo de participações especiais — uma taxa paga sobre a produção de campos de alta rentabilidade.

O Itaú BBA estima que a PETR4 pode ter direito a aproximadamente US$ 530 milhões em pagamentos retroativos referentes à sua fatia no consórcio. No entanto, o montante final dependerá da estratégia legal que a companhia optar por adotar.

Acontece que, com a unificação, a a alíquota aplicada à participação especial pode saltar de aproximadamente 7% para 17%, elevando os custos para a Petrobras e seus parceiros no consórcio.

Segundo o BBA, a decisão da ANP levanta questionamentos entre investidores sobre o possível impacto na distribuição de dividendos da Petrobras. Isso porque, caso a estatal precise arcar com valores elevados, pode haver uma redução na geração de caixa, afetando diretamente os pagamentos aos acionistas.

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Guilherme Serrano

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