Petrobras (PETR4) pode pagar recorde de US$ 20 bi em dividendos até 2023, diz Goldman
Em relatório, o Goldman Sachs atualizou suas estimativas para a Petrobras (PETR4). Com base na disparada do preço do barril de petróleo, o banco de investimento prevê que a estatal possa pagar um valor recorde em dividendos nos próximos anos.
De acordo com o documento, divulgado nesta quarta-feira (20), a Petrobras pode pagar o valor recorde de US$ 17 bilhões a US$ 20 bilhões em dividendos no período entre 2022 e 2023. Isso implicaria em um dividend yield entre 25% e 30%, enquanto as petrolíferas globais pagam cerca de 5%.
O montante equivale a 60% do resultado do fluxo de caixa operacional, descontado o Capex.
No curto prazo, o Goldman Sachs enxerga que há espaço para a distribuição de US$ 5 bilhões em dividendos da Petrobras de forma adicional, assim como no segundo trimestre, sem comprometer a meta de endividamento bruto, de US$ 60 bilhões.
A projeção ocorre com base do maior fluxo de caixa livre esperado para o período entre 2021 e 2022, de aproximadamente US$ 20 bilhões. Isso permitirá que a empresa encurte seu endividamento, repassando os recursos aos seus acionistas, com base na nova política de remuneração.
O banco de investimento norte-americano, entretanto, não descarta os riscos da empresa no curto prazo. A Petrobras ainda está 21% abaixo da paridade global nos preços de gasolina e diesel, além da volatilidade que as eleições presidenciais em 2022 podem trazer ao papel.
Os analistas da instituição, inclusive, acreditam que o Brent se manterá em patamar elevado. As novas estimativas são de que o barril de referência no mercado internacional termine este ano em US$ 72,10; no ano que vem, em US$ 81,25; e em 2023, US$ 85.
O Goldman Sachs tem uma recomendação neutra para as American Depositary Receipts (ADRs) da Petrobras. Para a Ecopetrol, petrolífera colombiana, a recomendação é de compra, enquanto para a argentina YPF, de venda.
Petrobras divulgará prévia operacional
A Petrobras divulgará o relatório de produção e vendas do terceiro trimestre nesta quarta, após o fechamento do mercado.
Os resultados financeiros da companhia completos, referentes ao período entre julho e setembro deste ano, serão divulgados no dia 28 de outubro, também após o encerramento do pregão.
No ano passado, a produção total da empresa foi de 2.904 kboed, um aumento de 3,9% em relação aos níveis do terceiro trimestre de 2019, em linha com a expectativa do mercado.
Por volta das 10h48 desta quarta, as ações preferenciais da Petrobras subiam 1,11% na B3, para R$ 28,32.