Para o megainvestidor Luiz Barsi, a Petrobras (PETR4) deve reduzir a distribuição de dividendos futuramente.
O investidor afirmou, em redes sociais da empresa da filha, Louise Barsi, que a estatal não vai apresentar resultados tão fortes no futuro, refletindo o aumento dos preços dos combustíveis.
De acordo com Barsi, a economia brasileira não continuará a suportar oscilações de preços. Entretanto, não há uma data específica ou previsão de como a situação se desenrolará.
“Quem tem ações da Petrobras será vítima. Porque não é possível um país conviver com uma oscilação tão agressiva nos preços dos combustíveis. A economia não irá suportar isso. Eu acho que logo a Petrobras vai voltar ao seu normal, terá resultados menos fantasiosos e não distribuirá tanto dividendos, como está distribuindo”, afirmou Luiz Barsi.
A filha do bilionário, que é analista, economista, sócia da AGF e foi eleita recentemente como integrante do comitê de auditoria do IRB (IRBR3), comentou as afirmações do pai. Ela pondera que ainda vale a pena manter ações da Petrobras na carteira de investimentos, com margem de segurança.
Na próxima quarta-feira (20), a Petrobras vai pagar dividendos, a segunda parcela da remuneração. O valor é referente ao primeiro trimestre deste ano e vale cerca de R$ 24,25 bilhões.
Com diversas mudanças nos cargos mais altos da companhia, além do aumento do preço da gasolina e diesel, discussões sobre o Preço de Paridade Internacional (PPI) e falas do presidente Jair Bolsonaro, a Petrobras lançou um site para explicar aos consumidores como são formados os preços da gasolina, diesel e gás de cozinha.
Na página, os consumidores também podem filtrar informações sobre os valores pela média nacional ou por estados, o que leva em consideração impostos estaduais e outras variáveis locais.
Petrobras (PETR4) paga R$ 6,6 por ação e lidera ranking de dividendos em 2022; veja lista
A Petrobras (PETR4) figura como a maior pagadora de dividendos da bolsa no acumulado dos primeiros seis meses de 2022. Nos últimos 12 meses a companhia ostentou um dividend yield (DY) de 40%, segundo dados do Status Invest.
Na média, cada acionista da Petrobras recebeu R$ 6,685 por ação no acumulado de 2022, o maior pagamento em números absolutos.
A companhia tem sido apontado como a ‘galinha dos ovos de ouro’ por causa dos proventos altos e da distribuição dos seus lucros que, em 2022, superaram os resultados do ano anterior. Na média, em 2021, o pagamento foi de R$ 5,65 por ação PETR4.
Em um só pagamento (em maio deste ano), a estatal chegou a distribuir R$ 2,86 por ação preferencial, elevando o DY dos papéis, com a cotação atual de R$ 28.
Apesar do risco político e do imbróglio com o preço dos combustíveis – que teve tensão aumentada com os aumentos e com a PEC dos combustíveis -, os analistas seguem com otimismo com relação as ações da Petrobras.