Petrobras (PETR4): ‘Todo mundo pode ser substituído’, diz Bolsonaro, sobre Silva e Luna
O presidente Jair Bolsonaro considerou nesta quarta-feira (16) a possibilidade de demitir o presidente da Petrobras (PETR4), Joaquim Silva e Luna.
Em entrevista à TV Ponta Negra, afiliada do SBT no Rio Grande do Norte, Bolsonaro disse que todo mundo pode ser substituído se não estiver fazendo seu trabalho da melhor forma.
“Existe a possibilidade, todo mundo pode ser substituído se não estiver fazendo trabalho a contento. (…) Todos podem ser trocados por falha ou omissão”, disse Jair Bolsonaro, em entrevista.
A declaração do presidente é feita em meio às tensões entre o governo federal e a Petrobras, após o reajuste dos preços dos combustíveis pela estatal na semana passada. A maior preocupação do Planalto é de vque esses aumentos prejudiquem a imagem de Bolsonaro em ano eleitoral.
Na entrevista de hoje, Bolsonaro ainda elevou o tom das críticas à estatal. “A Petrobras se transformou em Petrobras Futebol Clube, clubinho que só pensa neles, jamais no Brasil. Até mesmo repasse para o gás de cozinha, impensável, fizeram também”, disse na entrevista gravada nesta quarta-feira no Palácio do Planalto e exibida no período da tarde.
“Para mim, é uma empresa que poderia ser privatizada hoje”, acrescentou Bolsonaro, reassumindo a tentativa de livrar o governo do ônus político do reajuste. “Não posso interferir. Se pudesse interferir, as decisões seriam outras.”
Cancelamento de reajuste levaria a “desabastecimento e caos”
Intimada pela Justiça a se manifestar em ação que questiona o aumento nos preços dos combustíveis anunciado na semana passada, a Petrobras disse que a suspensão do reajuste poderá levar ao “desabastecimento” e ao “caos” no País.
A estatal protocolou nesta terça-feira (15) a resposta ao processo movido pelo Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas e outros representantes da categoria.
Na manifestação apresentada, a Petrobras reforça que a política de preços dos combustíveis é feita em equilíbrio com os mercados globais e essa é uma condição fundamental para o funcionamento adequado do setor.
“Caso os agentes de mercado – não só a Petrobras – sejam forçados a adotarem preços defasados, a consequência será o desabastecimento nacional”, afirma.
Com informações de Estadão Conteúdo.