Petrobras (PETR4) afirma que não há data definida para distribuição de dividendos extras

Em comunicado ao mercado nesta quinta-feira (14), a Petrobras (PETR4) afirmou que o conselho de administração da companhia propôs à assembleia geral ordinária que o valor de R$ 43,9 bilhões seja integralmente destinado para a reserva de remuneração de capital. Assim, segundo a empresa, não há prazo para o repasse desse montante aos investidores.

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“Não há qualquer decisão ou data definida para a distribuição de tais valores aos acionistas. Fatos julgados relevantes serão tempestivamente divulgados ao mercado”, disse a estatal.

O comunicado da Petrobras ocorreu em resposta à informação divulgada pela coluna da jornalista Débora Bergamasco, da CNN Brasil. Segundo fontes que participaram do gerenciamento de crise causada pela decisão da empresa de não pagar proventos extraordinários, a aposta é de que o repasse dos dividendos da Petrobras seja, pelo menos em parte, feito antes de outubro deste ano.

Em postagem na rede social X (antigo Twitter) nesta quinta-feira (14), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, rebateu acusações de que havia recuado em algumas falas sobre o pagamento de dividendos. Segundo ele, “empresa mista com controle estatal tem todo o direito de conversar com o Presidente da República e de receber ministros”.

“A proposta devidamente respaldada por pareceres técnicos e aprovada pela Diretoria Executiva ficou viva e a decisão foi reservar a totalidade dos dividendos extras e adiar a sua distribuição”. Confira a publicação completa:

Antes disso, na quarta-feira (13), a Petrobras havia negado a existência de estudos para a criação de um novo fundo de reserva de dividendos com foco em investimentos. O comunicado vem como esclarecimento a uma matéria publicada pelo jornal O Globo.

Segundo o jornal, a ideia chegou a ser discutida em reunião entre a diretoria da estatal, liderada pelo presidente da empresa, Jean Paul Prates, e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrida na última terça-feira (12). O encontro também contou com a presença de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, e Alexandre Silveira, titular da pasta de Minas e Energia.

De acordo com fontes que falaram ao jornal, Haddad explicou à Lula que o fundo atual, onde são alocados os dividendos extraordinários da Petrobras (R$ 43,9 bilhões), só pode ser usado para pagar dividendos futuros, juros sobre capital próprio (JCP), recompras de ações e absorção de prejuízos – ou seja, não pode ser usada para investimentos nem para abater dívida.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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