Petrobras (PETR4) cria nova área para apurar casos de violência no trabalho
A Petrobras (PETR4) aprovou uma reestruturação na sua Diretoria de Governança e Conformidade, conforme comunicado pela companhia nesta sexta-feira (6).
Com isso, a estatal destacou que terá ‘sua estrutura robustecida a partir do próximo dia 6/11’. O novo desenho estrutural da Petrobras cria a gerência executiva de Responsabilização Disciplinar e a gerência geral de Informações Estratégicas e Monitoramento dos Sistemas de Integridade e uma gerência especializada em apurar denúncias de violência no trabalho.
“A gerência executiva de Responsabilização Disciplinar atuará como uma corregedoria. Entre suas atribuições, estará a responsabilização por desvios e não conformidades, inclusive de terceiros, como fornecedores e outras pessoas jurídicas que se relacionam com a Petrobras. A nova gerência tornará ainda mais robusto o processo de aplicação da Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013) pela companhia”, diz a companhia.
“A nova gerência geral de Informações Estratégicas e Monitoramento dos Sistemas de Integridade contará com uma iniciativa que pode ser considerada vanguarda no setor de compliance no país: o uso de inteligência em dados para a análise de incidentes de conformidade. Com o uso dessa tecnologia avançada, a companhia ganhará mais agilidade na identificação de irregularidades”, completa.
A gestão da estatal ainda acrescentou que a nova gerência também atuará no monitoramento contínuo de indicadores, processos, controles, projetos e iniciativas relacionados a governança e conformidade, visando o aprimoramento contínuo do Sistema de Integridade da Petrobras e o alcance dos objetivos previstos no Plano Estratégico da companhia.
“Outra novidade na diretoria será a criação de uma área para tratar especificamente de denúncia relacionadas a episódios de violência no trabalho. A gerência, que será inicialmente liderada por uma mulher, atuará, por exemplo, em denúncias de casos de assédio moral, sexual e casos de discriminação”, completa a Petrobras.
Petrobras perde R$ 6,5 bilhões no Carf e avalia medidas
A Câmara Superior do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) decidiu que a companhia deve pagar uma cifra de R$ 6,5 bilhões em tributação de empresas controladas e coligadas no exterior.
O julgamento da Petrobras estava empatado e foi resolvido por voto de qualidade – que voltou a existir após ser sancionado em 21 de setembro pelo presidente em exercício à época, Geraldo Alckmin (PSB).
A estatal disse ao Poder360 que ‘avalia medidas’ sobre a decisão do Carf.
Caso a Petrobras tome a decisão de recorrer nos tribunais, o dinheiro não será imediatamente remetido aos cofres públicos – o que frustra os planos do Ministério da Fazenda, que está em uma encruzilhada para diminuir o déficit fiscal deste e do próximo ano.