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Petrobras (PETR4) prepara CRI bilionário para pagar aluguéis

Petrobras (PETR4) começa due diligence para exercer eventual preferência de compra da Braskem (BRKM5)

Petrobras (PETR4). Créditos: Divulgação

A Petrobras (PETR4) registrou na CVM um prospecto para a emissão de Certificado de Recebíveis Imobiliários no valor de até R$ 1,8 bilhão.

O CRI da Petrobras está dividido entre um lote inicial de R$ 1,5 bilhão e a possibilidade de R$ 300 milhões adicionais.

A emissão será feita pela Opea, lastreada em notas comerciais da petroleira, e ocorrerá em até três séries, com vencimento em 2029, 2032 e 2037, respectivamente.

A remuneração será definida após a coleta de intenções, ficando limitada à maior taxa entre 6,15% e NTN-B 2030 no caso da primeira série.

Para a segunda série, a taxa deve ficar entre NTN-B 2032 com acréscimo de 0,15% ou 6,35%.

Na terceira série, a remuneração será a maior entre NTN-B 2035 com acréscimo de 0,30% e 6,6%.

O dinheiro levantado pela Petrobras deve ser utilizado para o pagamento de aluguéis.

O uso de recursos obtidos com CRIs para o pagamento de aluguel começou a ser permitido pela CVM neste ano. Até então, as emissões eram tradicionalmente feitas por empresas do setor ou que tinham créditos imobiliários para usar como lastro, e o dinheiro era destinado para a construção, compra ou reforma de imóveis.

A oferta da petroleira é coordenada pela XP, líder da operação, Safra, Itaú BBA, BTG Pactual e UBS BB.

Adiamento do projeto Rota 3 desvaloriza ações, diz Itaú BBA

A Petrobras informou na última sexta-feira (23) que rescindiu contrato com a SPE Kerui-Método, responsável pelas obras das Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Polo Gaslub de Itaboraí.

Na visão dos analistas do Itaú BBA, a notícia é ligeiramente negativa.

“O Projeto Integrado Rota 3 é importante para a Petrobras: serve para aumentar a oferta de gás para o mercado brasileiro, substituindo os volumes importados da Bolívia (os contratos atuais expiram em 2025) e reduzir a dependência do país das importações de gás natural liquefeito”, diz o relatório.

Entretanto, os analistas ressaltam que o adiamento do início de operações da Rota 3 para 2024 foi uma previsão já feita na última atualização das premissas e modelo de investimentos da Petrobras.

“Esperamos que o atraso de um ano reduza o valor justo da empresa em cerca de R$ 0,4 por ação, impacto que já foi incorporado em nosso caso base. Não esperamos uma reação do mercado”, pontuam.

O Itaú BBA reitera a classificação de market perform (neutro) para as ações da Petrobras, no preço-alvo de R$ 38 por ativo preferencial.

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