A indicação de Jean Paul Prates à presidência da Petrobras (PETR4) será discutida pelo Conselho de Administração da estatal na próxima quinta-feira (26). Em nota divulgada hoje, a petroleira afirmou que esse é “um dos assuntos em pauta” da próxima reunião.
Apesar disso, segundo fontes ouvidas pelo G1, já nesta quinta-feira o nome de Prates será oficializado em votação como membro do Conselho e como presidente interino da Petrobras. Procurada pelo Suno Notícias, a estatal não confirma a informação.
Caso seja concretizada a nomeação de Prates à presidência da Petrobras, o senador pelo Rio Grande do Norte ficará no cargo da estatal maneira interina até que seja referendado pela assembleia de acionistas. O encontro está marcado para abril, porém, antes disso, os conselheiros também podem antecipar o referendo se convocarem uma assembleia extraordinária.
Indicação de Prates à presidência da Petrobras foi formalizada em 13 de janeiro
No dia 13, a Petrobras (PETR4) confirmou a indicação de Jean Paul Prates para a presidência e membro do conselho de administração da estatal.
Prates teve a sua indicação aprovada pelo Ministério da Casa Civil e, agora, ainda deve passar pelo Conselho de Administração da empresa. Além disso, o nome do senador será referendado pela Assembleia Geral dos Acionistas.
Segundo as regras da estatal, o presidente da Petrobras necessariamente deve ser integrante do Conselho de Administração. O governo petista tem articulado a aprovação do político junto ao atual conselho.
Governo articula para acelerar a aprovação
Dias após indicar o nome de Jean Paul Prates à presidência da Petrobras, o novo governo conta com quatro dos seis votos necessários para que ele assuma a posição.
As conversas com os atuais conselheiros acontecem em paralelo à checagem dos documentos e do currículo de Prates pela área de conformidade da estatal.
O objetivo é que Prates, cujo mandato no Senado termina neste ano, assuma o quanto antes o comando da Petrobras para só depois ser confirmado no cargo em caráter permanente por meio de uma assembleia geral extraordinária de acionistas (AGE).
Entraves de Prates na Petrobras
Antes mesmo da confirmação do nome, já pairavam dúvidas sobre possíveis impedimentos para Prates assumir a Petrobras, previstos na Lei das Estatais.
Isso porque ele foi suplente de candidato ao Senado nas últimas eleições e a Lei das Estatais veda a entrada nas estatais de lideranças partidárias ou pessoas que tenham trabalhado em campanha eleitoral nos últimos três anos.
Outro possível entrave para assumir o comando da Petrobras é a participação de Prates em três empresas, das quais pelo menos duas, a Carcará Petróleo e a Bioconsultants, têm relação direta com o setor de energia. Em nota, ele disse que vai se desligar dessas empresas.
