A Petrobras (PETR4) confirmou nesta segunda-feira (25) que recebeu um ofício da Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia sobre a antecipação do pagamento de dividendos.
A confirmação vem após a notícia veiculada pelo Valor Econômico: a estatal estaria estudando a antecipar a distribuição de dividendos a seus acionistas relativos aos resultados financeiros deste ano.
Fontes ligadas ao alto comando da companhia afirmaram ao Valor que a estratégia seria ajudar no reforço de caixa do governo federal para bancar o pagamento de benefícios sociais.
Outra fonte do jornal afirmou que seria levada em consideração a trajetória de redução de endividamento e liquidez da Petrobras, com base na perspectiva de geração de caixa da empresa.
Em resposta, a Petrobras disse que todas as solicitações presentes no ofício já constavam em sua política de remuneração aos acionistas, aprovada em 2019 e aprimorada em outubro de 2020 e novembro de 2021.
“Ainda não há qualquer decisão tomada sobre novos pagamentos de dividendos em 2022. Os resultados financeiros do segundo trimestre serão divulgados em 28/07/2022, ocasião em que o conselho de administração também poderá deliberar sobre eventuais pagamentos de dividendos, em conformidade com a periodicidade trimestral prevista na política. Todas as decisões serão tomadas alinhadas à política, sempre respeitando os princípios de perenidade e sustentabilidade financeira de curto, médio e longo prazos”, diz trecho do documento.
De acordo com o secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, o governo encaminhou ofício a estatais solicitando que neste ano os pagamentos de dividendos ao Tesouro sejam trimestrais, já que parte das companhas faz o repasse apenas semestralmente.
O pedido foi enviado à Caixa, Banco do Brasil (BBAS3), BNDES e Petrobras, mas Colnago ponderou que esta petroleira já faz pagamentos trimestrais.
A União, como acionista majoritária com 28,67% de todo o capital, fica com a maior parte dos dividendos da Petrobras.
Cotação da Petrobras
A ação preferencial da Petrobras fechou o pregão em alta de 4,67%, cotada a R$ 30,70. No ano, acumula alta de 5,53%.
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