Petrobras (PETR4): o que aconteceria se os preços dos combustíveis fossem congelados? Goldman analisa
Em relatório mais recente sobre a Petrobras (PETR4), o Goldman Sachs (GSGI34) afirmou que as perdas que a estatal teria caso decidisse congelar os preços da gasolina e do diesel não afetariam de forma significativa seus resultados no atual cenário de alta nos preços do petróleo.
Segundo os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins, o Ebitda da Petrobras cairia em torno de US$ 900 milhões a cada US$ 10 de desconto nos preços dos combustíveis sobre os preços internacionais.
No entanto, diz o banco, a cada US$ 10 no aumento do barril do Brent poderia levar a um aumento de US$ 3 bilhões no Ebitda da estatal, em função da robustez em suas operações de exploração e produção.
“Esse não é um cenário que vemos como factível, dado o atual arcabouço de governança da Petrobras”, escreve a casa, acrescentando ser improvável a companhia assumir os custos de importação de gasolina e diesel.
O Goldman nota que a preferência no setor de petróleo e gás se mantém com PRIO (PRIO3), pela exposição direta ao petróleo, mas Petrobras ainda tem boas perspectivas de geração de caixa e pagamento de dividendos, mesmo com riscos políticos.
A casa tem recomendação de ‘compra’ para as ações de Petrobras, com preço-alvo a R$ 49,40 para PETR3 e R$ 44,90 para PETR4.
Petrobras (PETR4) veja data de relatório e da divulgação do resultado
A Petrobras informou que divulgará o seu relatório de produção e vendas do primeiro trimestre de 2024 no próximo dia 29 de abril e o balanço financeiro no dia 13 de maio.
Ambas as divulgações da Petrobras ocorrerão após o fim das negociações na B3. Para comentar os números financeiros, a estatal marcou sua teleconferência para o dia 14 do próximo mês, às 11h.
Além disso, vale destacar que nesta sexta-feira (26) haverá uma assembleia para deliberar acerca dos dividendos da Petrobras.
Conforme declarações recentes do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a proposta pelo pagamento de 50% dos dividendos extraordinários da estatal, que foram retidos em março, é atualmente ‘a única na mesa’.
“O Conselho de Administração geralmente delibera sobre isso. Só que dessa vez o balanço foi fechado e a decisão foi adiada, e agora faremos uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) após a Assembleia Geral Ordinária (AGO), e aí referendaremos a distribuição de 50%, que é a proposta que está na mesa, a única que está com licitudes e os pareceres, e cuja decisão foi adiada lá atrás”, disse o presidente da Petrobras.
O presidente da companhia ainda destacou que uma nova proposta, por uma distribuição de uma porcentagem distinta, exigiria mais esforços.
“O balanço teve que ser fechado no dia 8 de março e se tomássemos outra decisão, precisaríamos reabrir o balanço, fazer auditoria e tudo mais, e por um mês não vale a pena. A AGE pode fazer esse complemento e a metade dos dividendos passa a ser destinada à conta e a outra será distribuída”, completou o executivo durante coletiva de imprensa.
Jean Paul Prates ainda destacou que o mecanismo de usar um fundo para reter dividendos é ‘comum’ e que a estatal só o criou agora.
Desempenho das ações de Petrobras
No intradia, as ações PETR4 subiam 0,24%, a R$ 41,52. No mês, os papéis de Petrobras sobem 11,64%, enquanto no ano, avançam 12%.
Cotação PETR4