Durante a teleconferência de resultados da Petrobras (PETR4), o diretor financeiro (CFO) da companhia, Sergio Caetano Leite, declarou que os recursos extraordinários que estão alocados nas reservas serão distribuídos na forma de dividendos aos acionistas.
Esses recursos são fruto do lucro excedente da Petrobras em 2023.
“O que foi determinado pela AGE (assembleia de acionistas) é que até o final deste exercício, do ano de 2024, seja realizado o saldo que ficou nessa conta – os 50%”, disse o CFO da Petrobras.
“Não foi estipulado, no entanto, uma data para a distribuição. Mas apresentamos ao Conselho, mensalmente, outlooks. A deliberação deve acontecer ao longo deste ano ou começo do ano que vem”, seguiu o executivo sobre o dividendos da Petrobras.
Além disso, o diretor financeiro da companhia declarou que a empresa não prevê reajustes nos preços dos combustíveis, apesar da cotação do petróleo Brent se manter acima de US$ 80.
“Estamos monitorando o cenário para ver se haverá mudança estrutural nas condições. E ainda não notamos essas mudanças. Faz um ano que lançamos a estratégia comercial de preços, que não é uma política de preços, pois ela trata ainda de abastecimento e logística”, disse.
Claudio Schlosser, diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, complementou a fala de Leite destacando que as cotações internacionais vêm mostrando muita variação, com o preço do barril registrando picos acima de US$ 90 em eventos recentes.
“Existe um suporte aos US$ 80, que é gerado pela tensão geopolítica ou por cortes dos produtores da Opep+ (os maiores produtores do mundo, com os países do Oriente Médio). Os combustíveis têm outros substitutos, como o etanol e o diesel russo. E outro fator é que não estamos repassando a volatilidade”, disse Schlosser.
Executivos veem produção da Petrobras ‘em linha’
Ainda durante a teleconferência referente ao resultado da Petrobras no 1T24, o diretor executivo de exploração e produção, Joelson Mendes, declarou que a produção esteve “bem em linha” com o planejado pela estatal.
“Há complexidades de vários níveis em nossas plantas. Todas têm sistemas diferentes. Há diversos fatores que podem fazer nossas produções variarem tanto para cima quanto para baixo. Variações de 2% para cima ou para baixo são naturais”, disse o executivo da Petrobras.