Conselho da Petrobras (PETR4) analisa nome de Caio Paes de Andrade para presidência

Em reunião extraordinária marcada para esta segunda (27), o conselho de administração da Petrobras (PETR4) vai discutir a indicação do atual secretário de Desburocratização do Ministério da Economia, Caio Paes de Andrade, para uma das vagas do colegiado e para a presidência da estatal.

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O encontro foi confirmado depois que o Comitê de Elegibilidade da companhia concluiu que Andrade tem os requisitos legais para ocupar o cargo. A decisão não foi unânime. Ele será o quinto presidente da Petrobras no governo Bolsonaro, que faz pressão para mudar a atual política de reajustes de preços dos combustíveis (que segue a oscilação das cotações do barril de petróleo no exterior). Os ataques aumentaram nas últimas semanas com o receio de que esses reajustes possam minar a campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

Durante a avaliação de seu nome, Andrade recusou convite do Comitê de Pessoas para falar sobre política de preços e governança da estatal. Ele optou por responder por escrito aos questionamentos. Andrade negou ter sido orientado pelo governo a modificar a política de preços. “Não tenho qualquer orientação específica ou geral do acionista controlador ou qualquer outro acionista no sentido de alteração da política de preços praticados pela companhia”, escreveu.

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Novo presidente da Petrobras terá ‘freio para reajustes’ em ano de eleição

O indicado para ser o próximo presidente da Petrobras, Caio Mario Paes de Andrade, não deve ter a caneta em mãos para segurar novos reajustes.

Para ter sucesso em postergar aumentos para depois das eleições como espera o governo, terá de convencer os membros da atual diretoria ou esperar uma renovação completa dos indicados do governo ao conselho de administração da Petrobras.

Só assim conseguirá selecionar um novo alto escalão da estatal e garantir maioria para aprovar pautas desejadas pelo governo e, com isso, atrasar eventuais aumentos nas bombas de combustíveis.

Fontes próximas da estatal consultadas pelo jornal O Estado de S.Paulo, acreditam que o próximo presidente da companhia, que deverá ser confirmado no posto nos próximos dias, deverá tentar segurar um novo ajuste ao menos até as eleições.

Uma fonte que conhece de perto as regras da empresa diz que, se Andrade seguir esse caminho, terá de elaborar uma documentação provando que não houve prejuízos ao mercado ou a acionistas com o atraso de se alcançar a paridade dos preços internacionais.

Se não conseguir, poderá até ser questionado na Justiça “na pessoa física“.

Última cotação

Na última sessão, sexta-feira (24), a Petrobras encerrou o pregão em queda de 0,76%, negociada a R$ 26,29.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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