A Petrobras (PETR4) comunicou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, para o fundo de investimento Mubadala, dos Emirados Árabes. O ato de concentração foi publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (14).
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou a venda da instalação por US$ 1,65 bilhão em março, mas o negócio depende ainda de aprovação da autarquia concorrencial.
O contrato foi firmado entre a petroleira e a MC Brazil Downstream Participações, empresa do grupo Mubadala Capital.
A empresa informou que manterá normalmente a operação da refinaria e de todos os ativos associados até o cumprimento das condições precedentes e o fechamento da transação.
A Petrobras disse ainda que vai apoiar o Mubadala nas operações da RLAM durante um período de transição, por meio de um acordo de prestação de serviços.
Investimentos e desinvestimentos da Petrobras
No primeiro trimestre, os investimentos totalizaram US$ 1,913 bilhão, 7% abaixo dos três meses anteriores e 21% abaixo do 1T20. Mais de 71% correspondentes a investimentos em crescimento (growth).
No acumulado deste ano até o dia 11 de maio, a petroleira concluiu a venda do campo de Frade, das Sociedades Eólicas Mangue Seco 1, Mangue Seco 3 e Mangue Seco 4, da Petrobras Uruguay Distribución (PUDSA), da participação de 10% na NTS e da BSBios. O recebimento de valores referentes a estas transações, juntamente com o adiantamento recebido pelas assinaturas dos polos Peroá e Miranga, resultaram em uma entrada de caixa de US$ 472 milhões no período.
“O processo de venda de ativos segue em linha com o que foi feito, mostrando que a queda das ações com a troca de presidente não fez sentido. A Petrobras continua lucrando, bastante. Isso deve impactar amanhã o mercado”, concluiu Jansen Costa.