Petrobras (PETR4): BTG reforça top pick apesar de riscos políticos

O BTG Pactual emitiu um novo relatório sobre a Petrobras (PETR4), após a companhia atualizar suas estimativas de reservas de petróleo e gás para o final de 2024. A casa reiterou recomendação de compra para as ações, reafirmando a companhia como top pick da casa.

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A companhia informou que suas estimativas de reservas provadas de óleo, condensado e gás natural, segundo critérios da SEC (US Securities and Exchange Commission), resultaram em 11,4 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), em 31 de dezembro de 2024. Deste total, 85% são de óleo e condensado e 15% de gás natural.

“Em 2024, a Petrobras seguiu a trajetória de adição significativa de reservas (1,3 bilhão de boe), alcançando um índice de reposição de reservas (IRR) de 154%”, diz a PETR4.

Petrobras merece múltiplos mais altos?

Em relatório, o BTG Pactual destaca que, apesar do desempenho operacional sólido, os riscos políticos persistentes continuam impedindo que as ações da Petrobras sejam negociadas a um prêmio em relação aos seus pares globais.

Os analistas acreditam que essa dinâmica deve continuar até que as incertezas relacionadas à alocação de capital da companhia sejam dissipadas.

Entretanto, ao comparar a Petrobras com outras operadoras independentes da América Latina, a casa avalia que o portfólio da estatal justifica múltiplos mais altos.

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Enquanto muitas petroleiras menores dependem de fusões e aquisições (M&As) ou de campanhas exploratórias arriscadas para evitar a exaustão de reservas, a Petrobras tem apresentado uma reposição orgânica consistente, diz o relatório.

O BTG afirma que, comparada a benchmarks globais, seus ativos upstream se destacam pelo alto potencial de crescimento até 2030 e taxas de retorno sobre capital incremental (ROIC) mais elevadas, beneficiadas pelos baixos custos de extração no pré-sal e pelo regime fiscal favorável do contrato de cessão onerosa (ToR).

Companhia segue como top pick

Apesar da atualização de reservas não representar um gatilho imediato para a valorização das ações PETR4, o BTG Pactual reafirma a Petrobras como sua principal recomendação de investimento (top pick).

Segundo a casa, o foco do mercado segue voltado para questões como a política de preços dos combustíveis e a estratégia de distribuição de dividendos.

Os analistas afirmam que, para garantir a reposição futura de reservas após 2030, a Petrobras precisará investir em novas fronteiras exploratórias, como a Margem Equatorial.

No entanto, o BTG entende que companhia segue sustentada por sua resiliência operacional, baixos custos de extração e um dividend yield atraente, estimado entre 12% e 14% em 2025, dependendo do pagamento de dividendos extraordinários no segundo semestre.

O preço-alvo do BTG Pactual para as ações da Petrobras negociadas em Nova York é de US$ 20. Atualmente, os papéis operam a cerca de US$ 13,95.

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Guilherme Serrano

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