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Petrobras (PETR4): alocação de capital permanecerá racional com restrições sobre nomeações políticas, diz BTG

Petrobras (PETR4)

Petrobras (PETR4). Foto: Agência Brasil

Em relatório, o BTG Pactual comentou sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter restrições às nomeações políticas para empresas estatais, como é o caso de Petrobras (PETR4). De acordo com os analistas, o movimento não configura um problema para a empresa.

O BTG lembra que em março do ano passado, o então ministro Ricardo Lewandowski havia suspendido tais restrições, citando potencial inconstitucionalidade. Na sequência da decisão da última quarta-feira (8), a constitucionalidade das restrições está agora assegurada.

De acordo com a lei promulgada em 2016, a nomeação de ministros, parlamentares, senadores, dentre outros, é proibida em cargos executivos do conselho de administração de empresas estatais. A lei também estabelece uma “quarentena” para indivíduos que ocuparam cargos em partidos políticos.

O STF também decidiu que as nomeações feitas até o momento que potencialmente violem a lei permanecerão em vigor.

Um dos principais motivos pelos quais o BTG ainda está otimista em relação à Petrobras (PETR4) é o fato de que muitos investidores parecem continuar subestimando os mecanismos de defesa construídos desde a criação da lei e a revisão do estatuto social da Petrobras.

“Em última análise, acreditamos que esses fatores fornecem confiança de que, apesar do ruído político, a alocação de capital da Petrobras permanecerá racional e é improvável que seja alterado repentinamente”, escrevem os analistas Pedro Soares, Thiago Duarte e Henrique Perez.

“Enquanto nós reconhecemos que algumas nomeações foram questionadas, acreditamos que o impacto líquido é extremamente positivo, uma vez que as decisões tomadas até agora pela atual administração provaram ser altamente pragmáticas”, seguem.

Ainda para o banco, com as principais incertezas relacionadas à potencial retenção de lucros e políticas, as nomeações se tornam um risco menor.

“Acreditamos que os fundamentos do setor devem prevalecer. Eles são fortes, e acreditamos que a assimetria entre nós e o mercado (de previsões de produção/geração de fluxo de caixa livre para o acionista) permanecem distorcidas para cima, considerando o conservadorismo habitual embutido na tese de investimento”.

O BTG tem recomendação de ‘compra’ para as ações da Petrobras, com preço-alvo a US$ 19,00, A estatal segue sendo a principal escolha do banco para o setor (“top pick”).

Desempenho das ações da Petrobras

No mês, as ações da Petrobras sobem 4,3%. No ano, os papéis avançam 21,54%.

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