O BTG Pactual emitiu um novo relatório sobre a Petrobras (PETR4), revisando suas previsões para a companhia e mantendo a recomendação de compra.
As revisões feitas pelo BTG têm como base as novas realidades da petroleira, especialmente em relação aos investimentos de capital (capex).
Anteriormente, as estimativas para 2025 eram conservadoras, considerando riscos de fusões e aquisições (M&A) e alocação subótima de capital.
No entanto, com declarações recentes da gestão da empresa enfatizando foco no negócio principal de exploração e produção (E&P) e ausência de grandes aquisições iminentes, o relatório ajusta suas previsões de capex da Petrobras.
A estimativa de capex para 2025 foi reduzida de US$ 19 bilhões para US$ 16,8 bilhões, representando um crescimento de 20% em relação ao ano anterior, mas mais realista do que a orientação atual de US$ 21 bilhões.
O plano estratégico de 5 anos da Petrobras, que será lançado em breve, deverá alcançar US$ 94,5 bilhões, segundo o BTG, sem incorporar M&A.
A previsão de EBITDA para 2025 permanece estável em US$ 47 bilhões, e o relatório observa que os dividendos da Petrobras e o fluxo de caixa livre (FCFE) da empresa devem aumentar devido ao capex menor.
Com essas novas previsões, o rendimento de dividendos (DY) ordinário da Petrobras para 2025 é estimado em 10%, com a possibilidade de pagamentos extraordinários, dependendo da decisão da gestão sobre o saldo de caixa.
O relatório mantém a recomendação de compra para as ações da Petrobras (PETR4), com preço-alvo de US$ 19 para as ADRs negociadas em Nova York.
A casa destaca que, apesar dos riscos relacionados ao preço do petróleo, a empresa apresenta fundamentos fortes e o mercado já precificou os riscos políticos.
Assim, embora a Petrobras não seja mais a top pick dos analistas do BTG no setor de óleo e gás, o desempenho da ação provou ser positivo, e há espaço para revisões favoráveis no futuro, diz a casa.