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Petrobras (PETR4): BTG vê alta percepção de risco após falas de Chambriard, mas mantém ‘compra’

Presidente da Petrobras, Magda Chambriard. Foto: Roberto Farias / Agência Petrobras

Presidente da Petrobras, Magda Chambriard. Foto: Roberto Farias / Agência Petrobras

Na noite da última segunda-feira (27), Magda Chambriard concedeu sua primeira entrevista coletiva como presidente da Petrobras (PETR4). Em relatório sobre as falas da nova CEO, o BTG Pactual citou uma alta percepção de risco, ainda que mantenha uma posição otimista sobre a empresa.

Segundo os analistas do BTG, Magda Chambriard sugeriu uma estratégia semelhante àquela que vem sendo seguida pela Petrobras (PETR4) nos últimos anos, com foco em investimentos.

A casa afirma que a percepção de risco sobre a empresa segue superior em relação a alguns meses atrás. No entanto, a posição otimista é mantida, baseada na “capacidade da empresa de continuar distribuindo dividendos volumosos”.

Entre os temas “mais controversos” das declarações de Chambriard, o BTG Pactual cita:

Além disso, destaca o BTG, a nova presidente da Petrobras reafirmou antigas diretrizes, como:

Diante disso, o BTG segue com recomendação de compra para as ações da Petrobras, com preço-alvo de US$ 19 para as ADRs negociadas em Nova York.

“Mesmo assumindo potenciais fusões e aquisições e nenhum dividendo extraordinário (um cenário improvável), dividend yields de 11% em 2024 e 2025 continuam a acomodar a tese de investimento”, diz o relatório.

Os analistas ainda afirmam que estão ansiosos para ver os próximos passos da nova CEO da Petrobras em relação à possíveis mudanças na gestão, mas não acreditam que ela poderá minar a governança corporativa conquistada nos últimos anos.

Petrobras pode reduzir lacuna entre guidance e produção real

Em outro relatório, o BTG fala sobre a participação no Investor Tour, realizado no centro de pesquisa da Petrobras. A casa afirma que no evento, a empresa forneceu detalhes sobre os modelos usados para exploração, desenvolvimento e previsão de produção.

“Ficamos impressionados com os avanços alcançados nos últimos anos e acreditamos que, com a maior otimização de recursos com base nos dados técnicos coletados, a empresa continuará a reduzir a lacuna entre o guidance e a produção real entregue”, afirma o relatório.

Com isso, embora o BTG ainda não tenha feito ajustes na sua previsão, os analistas não descartam um desempenho operacional melhor do que o esperado no longo prazo.

A casa também afirma que a aceleração dos investimentos no curto prazo, que representa uma das principais preocupações dos investidores, deve seguir sendo prejudicada por limitações práticas e de governança, uma vez que os processos de aprovação são numerosos e levam muito tempo.

“Embora reconheçamos uma maior percepção de risco em relação à Petrobras, não vemos uma ameaça iminente à capacidade de distribuição de dividendos. Permanecemos compradores”, afirmam os analistas.

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