BTG retira Petrobras (PETR4) e inclui Banco do Brasil (BBAS3) na carteira recomendada para julho; veja as mudanças
O BTG Pactual divulgou, nesta segunda-feira (03), as ações que compõem sua carteira recomendada para o mês de julho. O banco realizou quatro trocas, incluindo Banco do Brasil (BBAS3), Equatorial (EQTL3), Gerdau (GGBR4) e Arezzo (ARZZ3) nos lugares de BB Seguridade (BBSE3), Vibra (VBBR3), Petrobras (PETR4) e Smart Fit (SMFT3).
Segundo o BTG, após forte performance do real, a carteira de julho aumentou a exposição ao dólar, o que levou a inclusão da Gerdau, empresa que se beneficia de uma forte economia nos Estados Unidos.
Sai Petrobras: dividendos são boas, mas um tema preocupa
“Também removemos a ação da Petrobras após a ótima performance de junho (+20,3%) e no acumulado do ano (+43,6%)”, afirmam os analistas. Os papéis da Petrobras ainda são negociados a um valuation atraente e deve continuar pagando altos dividendos, mas o fluxo de notícias pode não ser tão positivo quanto nos meses anteriores”, diz a equipe do banco.
Em ativos relacionados ao serviços básicos, as sinalizações do governo sobre concessões e os atrativos valuations do setor fizeram o banco reinserir o papel da Equatorial. “Vemos a ação sendo negociada a uma TIR real de 9,53%, implicando um prêmio de 427 pontos-base para os títulos do governo de longo prazo. Para abrir espaço para a Equatorial, removemos a distribuidora de combustíveis Vibra, que também teve um bom desempenho no mês passado.”
No setor financeiro foi aumentada a exposição com a inclusão do Banco do Brasil substituindo a BB Seguridade, já de olho na queda da taxa de juros no curto prazo. Junto com Itaú (ITUB4) e B3 (B3SA3), a exposição ao setor de bancos sobe para 25% neste mês.
Completam a lista Arezzo (ARZZ3), Lojas Renner (LREN3) , Rede D’or (RDOR3), MRV (MRVE3) e Rumo (RAIL3). “Arezzo está se mostrando resiliente e os próximos resultados devem ser um destaque do setor. Por sua vez, a Lojas Renner permanece em nosso portfólio por mais um mês, já que a queda das taxas de juros pode impulsionar o consumo discricionário e beneficiar seu negócio de crédito.”
Cortes de juros vão impulsionar mercado acionário, diz BTG Pactual
Segundo o banco, os possíveis cortes de juros são positivos para o mercado acionário. A expectativa é de que o ciclo de cortes se inicie em agosto.
“A inflação abaixo do esperado e os cortes nas expectativas de inflação reforçaram as perspectivas de que o Banco Central comece a cortar os juros em agosto, com um corte de 25bps amplamente esperado. A pesquisa Focus agora mostra o mercado projetando um corte de 150bps neste ano (Selic de 12,25% ao fim de 23)e mais 275bps no ano que vem (9,50% ao fim de 2024)”, afirma analistas do BTG.
Em relação ao juros a longo prazo, um dos pontos destacados foi a redução do risco fiscal/político com a aprovação do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados e a decisão do Congresso em manter reformas já aprovadas. “A taxa de juros real, medida como os títulos públicos NTN-B 2035 do Brasil, encerrou junho em 5,25%, ante 5,5% em maio, 5,9% em abril e 6,2% em março. Vemos espaço para que as taxas continuem caindo, especialmente se o governo puder mostrar claramente maneiras de aumentar as receitas adicionais”, diz o BTG.
Ibovespa fecha em alta de 1,34%
O Ibovespa hoje (3) encerrou a sessão em alta de 1,34%, aos 119.672,78 pontos. A mínima do dia foi de 118.092,02 pontos, que foi a cotação de abertura, enquanto a máxima foi de 119.877,04 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 21,3 bilhões.
Em junho, o índice registrou alta de 9%, sendo que no acumulado do ano subiu para 7,6%. Destaque também para os investidores estrangeiros que foram compradores líquidos de ações brasileiras na ordem de R$ 7,8 bilhões no mês passado.
Cotação da Petrobras e Banco do Brasil
A Petrobras (PETR4) encerrou a sessão com ganhos de 1,86% nas ações preferenciais e de 1,72% nas ações ordinárias (PETR3). O Banco do Brasil subiu 2%, cotado a R$ 50,39.
Cotação PETR4
