O futuro dos dividendos da Petrobras (PETR4) estará “nas mãos do governo”, afirmam os analistas do Bradesco BBI. Um dia após o presidente interino da estatal, Jean Paul Prates, indicar cinco nomes para compor a diretoria executiva, a casa de investimentos também reduziu de 60% para 40% a probabilidade de a petroleira pagar entre US$ 5 bilhões e US$ 6 bilhões em dividendos.
Na visão de Vicente Falanga e Gustavo Sadka, analistas do Bradesco BBI, os nomes indicados para a nova diretoria executiva da Petrobras são “altamente técnicos”, por isso é improvável que eles não sejam aprovados pelo conselho da estatal.
Levarão de 10 a 20 dias para que esses nomes sejam aprovados e, então, Prates terá a maioria dos administradores (6/9) para votar a proposta de dividendos do 4T22 feita pelo CFO.
Dividendos da PETR4 nas mãos do governo
Diante desse cenário, o Bradesco BBI reduziu a probabilidade de a Petrobras pagar dividendos de US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões. Antes, a casa projetava chances de 60%. Com a possível aprovação da nova diretoria executiva, reduziu para 40%.
“Embora a decisão sobre dividendos precise ser sancionada pelo conselho indicado pelo governo anterior, a proposta agora provavelmente estará nas mãos da nova equipe de gestão de Jean Paul Prates”, afirmam.
Em outro relatório recente, os analistas do Bradesco pontuaram que a decisão sobre os dividendos da Petrobras deverá envolver o Ministério da Finanças, que vem tentando encontrar formas de financiar gastos maiores para 2023,
Portanto, ainda podemos ter um pagamento sólido. Se a decisão será pragmática ou não, ainda precisa ser visto.
Diante disso, o Bradesco BBI manteve a recomendação neutra para as ações da Petrobras com preço-alvo a R$ 26,00.
Cotação
As ações da Petrobras operam em alta de 0,65%, cotadas a R$ 24,68. No acumulado dos últimos 12 meses, os papéis da petroleira tiveram uma valorização de 28,34%%.
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