BofA projeta 13,5% em dividendos da Petrobras (PETR4), apesar de riscos na diretoria
Em seu relatório mais recente sobre a Petrobras (PETR4), os analistas do Bank of America demonstraram preocupação com algumas mudanças recentes na diretoria da empresa, mas reiteraram os retornos de caixa ainda “sólidos” da estatal.
O BofA explica que, desde a nomeação de Magda Chambriard como presidente da Petrobras, ocorreram diversas mudanças de pessoal, incluindo os diretores de upstream, engenharia, tecnologia e inovação, por exemplo.
Essas mudanças, dizem os analistas, decorrem do interesse do governo em remodelar a Petrobras em um motor para promover o crescimento econômico, assim como já ocorreu em governos anteriores do PT.
“As mudanças recentes visam introduzir diretores/gerentes com laços mais fortes com a atual administração do PT, o que talvez possa facilitar ou suavizar o processo de atingir essa meta”, diz o relatório.
Um dos principais riscos na tese, segundo o Bank of America, é a aceleração dos investimentos da Petrobras. Por outro lado, a casa considera improvável que, em um horizonte de 09 a 12 meses, o aumento do capex e dos M&As prejudique o atraente retorno de caixa da empresa.
“No final das contas, vemos rendimentos mínimos de dividendos da Petrobras chegando a 9% nos próximos três trimestres. Mas, com o pagamentos extraordinários de dividendos, esse rendimento pode aumentar para 13,50%”, dizem os analistas.
Além disso, apesar dos riscos envolvendo as indicações políticas na diretoria da Petrobras, o BofA cita alguns pontos que deixam os analistas confortáveis com a governança corporativa da Petrobras. São eles:
- Manutenção da atual política de dividendos
- Manutenção da política de preços de combustíveis e recentes ajustes para cima nos preços da gasolina
- Recente acordo de disputas fiscais no valor de R$ 45 bilhões, com um corte de 65%
“Então, no final das contas, também vimos alguns eventos positivos recentes desde a nomeação da nova CEO “, pondera o Bank of America sobre a Petrobras.