A Petrobras (PETR4) elevou em 5,3% o preço da Querosene de Aviação (QAV), conforme comunicado pela estatal nesta terça-feira (3).
Com isso, o preço da querosene de aviação subiu R$ 0,22 por litro no repasse às distribuidoras, segundo a Petrobras.
Os novos preços já estão em vigor desde 1º de outubro.
No acumulado do ano até então, o preço do combustível em questão havia caído cerca de 12%, implicando em uma queda de R$ 0,64 por litro antes desse reajuste.
Vale lembrar que ainda no mês de setembro a estatal havia feito um reajuste – de R$ 0,74 por litro à época, implicando em 21,4% de alta.
Conforme explicado pela companhia, a comercialização do QAV funciona da seguinte maneira: primeiramente a Petrobras a produz em suas refinarias – ou importa – e após isso vende às distribuidoras, que por sua vez transportam e comercializam aos consumidores.
Nesse caso, os consumidores são empresas de transporte aéreo e outros consumidores finais nos aeroportos, ou até mesmo revendedores.
Lula jamais prometeu que preços da Petrobras nunca mais subiriam, diz Prates
O presidente da Jean Paul Prates, disse que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nunca prometeu que os preços dos combustíveis não subiriam mais e que o País deixaria de lado referências internacionais ao “abrasileirar” as tarifas, termo cunhado por Lula.
“[O presidente Lula] jamais prometeu que o preço nunca mais subiria, [como se dissesse:] ‘Vou me eleger e nunca mais vou subir o preço do combustível'”, afirmou Prates em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda-feira (2). “Também não houve desgarramento [dos preços internacionais]. [O presidente] Nunca disse [que] nós vamos descolar completamente da referência internacional”, emendou o presidente da estatal. “Isso seria uma temeridade, porque nós não só importamos ainda parte dos produtos, como estamos inseridos na comunidade internacional.”
Prates reiterou que a estatal tem total independência na definição dos preços dos combustíveis. “O governo não manda a gente subir, nem descer, nem segurar, nada disso”, afirmou.
O presidente da petroleira também voltou a criticar a política de preço de paridade de importação (PPI), adotada na gestão de Pedro Parente, em 2017, e classificada por Prates como “nefasta”.
O tema também é alvo de críticas do presidente Lula e de outros membros do governo desde a campanha eleitoral.
“Aquilo era irreal, era aplicar o preço do pior concorrente do mercado e garantir a ele suas ineficiências. Ali a Petrobras perdeu market share, ali a Petrobras não reagiu àquela imposição, que era um absurdo”, defendeu Prates.