Petrobras (PETR4) assina aditivo de contrato de compra de gás de estatal da Bolívia

A Petrobras (PETR4) informou que celebrou novo aditivo ao contrato de compra de gás natural com a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), estatal boliviana que atua na área de exploração, produção de venda de petróleo e derivados.

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Segundo a companhia brasileira, o contrato com a Bolívia foi assinado após o cumprimento de trâmites internos de governança. O aditivo altera o perfil de entregas do volume total de gás contratado pela Petrobras, em função da disponibilidade de gás para exportação pela YPFB.

O contrato prevê a manutenção do volume máximo de 20 milhões de m³ por dia, com maior flexibilização dos compromissos firmes de entrega e recebimento de acordo com a sazonalidade e a disponibilidade da oferta.

Segundo a Petrobras informou na noite dessa sexta-feira (15), os termos garantem “o fornecimento em equilíbrio contratual para as empresas e a possibilidade de venda adicional de gás pela YPFB para outros importadores brasileiros. Além disso, [há] maior segurança e previsibilidade de suprimento de gás ao mercado atendido pela Petrobras”.

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Petrobras: o que esperar de 2024 para quem investe na estatal?

Ao longo de 2023, a Petrobras viu as ações quase dobrarem de preço. Começando janeiro a R$ 17,90, os papeis da petroleira estatal chegam neste fim de ano na casa dos R$ 34,30, um crescimento de 91%.

Além disso, os acionistas lucraram nos últimos 12 meses com um dividend yield (DY) de 21,11%, classificando-a uma das melhores pagadoras de dividendos listadas na bolsa de valores brasileira.

Apesar dos últimos meses de aparente prosperidade, o mercado recentemente vem sinalizando alguns pontos de alerta que podem ser negativos aos investidores da estatal.

Um deles foi o lucro mais enxuto que a companhia apresentou no terceiro trimestre de 2023 (contabilizado até setembro). Ao todo, no 3T23 o lucro líquido da Petrobras (PETR4) foi de R$ 26,625 bilhões, uma queda de 42,2% na comparação com o mesmo trimestre de 2022 e 7,5% menor do que o resultado do 2T23.

Outro fator que também preocupa os investidores da Petrobras são as mudanças na política de dividendos, além dos investimentos mais recentes da petroleira, que não foram bem recebidos por alguns especialistas no assunto.

Para entender um pouco do panorama em que a companhia adentra o próximo ano e quais as expectativas para quem planeja investir em Petrobras em 2024, segue 4 pontos para ficar atento:

  1. Queda no lucro da empresa;
  2. Expectativas para os dividendos de Petrobras em 2024;
  3. Investimentos da estatal que desagradam o mercado;
  4. Comprar ou vender Petrobras (PETR4)?

1. Lucro da Petrobras (PETR4) em queda e relação com preço do barril de petróleo

O analista CNPI da Suno Research, João Daronco, é cauteloso quanto à virada de ano para PETR4. “O preço do barril de petróleo em queda impacta o lucro da Petrobras e impacta os dividendos. A gente deve começar o ano em um cenário mais desafiador do que foi em 2023, que já foi mais difícil do que em 2022″, alerta.

Sobre o preço dos combustíveis, Daronco ressalta o contexto econômico mundial em que a petroleira está inserida: a pressão econômica sobre grandes economias, como Estados Unidos e China, espremem o consumo de energia, o que significa uma menor demanda e a queda de preços.

“Em meio a conflitos bélicos, o preço do petróleo Brent deveria subir, porque a oferta é menor. Mas como o consumo de energia – e consequentemente de petróleo – está associado à atividade do mundo, não é o que acontece,” explica João Daronco, analista da Suno Research.

Daniel Cobucci, analista do BB Investimentos, tem uma análise parecida quanto ao preço da commodity: “No curto prazo, nossa avaliação é de que os preços de petróleo devem seguir pressionados, no contexto de um corte menor do que o esperado na produção de países membros da Opep+ e de uma demanda menor do que o esperado, principalmente na China.”

Ele ressalta, entretanto, que a Petrobras “acerta”, sem transmitir a volatilidade internacional. “[Petrobras] conseguiu manter uma janela de importação, ao mesmo tempo em que subiu fortemente a capacidade de utilização do parque de refino”, o que segundo o analista aumenta a participação de mercado e maximiza os resultados no setor. Em comparação, Combucci pontua que a política da companhia antes era de redução na capacidade de refino, o que permitia um maior nível de importação com maiores preços.

Com Agência Brasil

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Marco Antônio Lopes

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