A Petrobras (PETR4) aprovou nesta quarta-feira (1°) o pagamento de proventos cujo montante é de R$ 35,7 bilhões. A empresa anunciou dividendos equivalentes a R$ 2,74573369 brutos por ação preferencial e ordinária em circulação. A proposta dos dividendos vai ser levada à Assembleia Geral de Acionistas, em 27 de abril de 2023.
Segundo o comunicado, os dividendos da Petrobras serão pagos em duas parcelas. A primeira ocorrerá no dia 19 de maio, com o pagamento no valor de R$ 1,37286685 por ação preferencial e ordinária em circulação. Já a segunda, será no dia 16 de junho, no valor de R$ 1,37286684 por ação.
Terão direito aos proventos da PETR4 todos os acionistas com base acionária na bolsa de valores brasileira, a B3 (B3AS3), no dia 27 de abril de 2023 — quando ocorrerá a Assembleia Geral dos Acionistas. Para os detentores de ADRs negociadas na New York Stock Exchange (NYSE), a data de corte é o dia 1° de maio.
As ações da Petrobras serão negociadas a ex-direitos na B3 e na NYSE a partir de 28 de abril de 2023. Confira os detalhes a seguir:
Dividendos da Petrobras (PETR4)
- Valor total: R$ 35,7 bilhões
- Valor bruto por ação: R$ 2,74573369 (total)
- Valor por ação: 1ª parcela: 1,37286685 / 2ª parcela: 1,37286684
- Data de corte: 27 de abril de 2023 (B3)
- Data do pagamento: 19 de maio (1ª parcela) / 16 de junho (2ª parcela)
- Rendimento (dividend yield) do pagamento: 13,01%
No entanto, o documento da Petrobras veio com uma ressalva: segundo o Fato Relevante divulgado hoje, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou sugestão da diretoria de criar reserva estatutária com dividendos. “O CA, por maioria, aprovou a recomendação da Diretoria Executiva, porém, dado que o montante proposto dos dividendos ultrapassa a aplicação da fórmula prevista no item 4.2 da Política em R$ 0,49806828 por ação ordinária e preferencial no trimestre. O CA, por maioria, sugeriu que os acionistas da companhia avaliem a criação de uma Reserva Estatutária (Reserva), na forma da lei, para reter até R$ 0,49806828 por ação ordinária e preferencial do resultado do exercício social de 2022.”
A proposta de reserva será submetida à assembleia de acionistas. Se aprovada, haverá retenção de dividendos de até R$ 0,49806828/ação para formação da reserva.
O dividendo a ser retido (R$ 0,49806828/ação) será descontado do montante aprovado, de R$ 2,74573369 por ação. Se proposta for rejeitada, o dividendo remanescente será pago em 27 de dezembro, com correção pela taxa Selic.
No pregão de hoje, as ações preferenciais e ordinárias da Petrobras fecharam em alta de 0,24% e estabilidade de 0,0%, cotadas a R$ 25,30 e R$ 28,75, respectivamente. No acumulado dos últimos 12 meses, os papéis da petroleira tiveram uma valorização de 24,03%.
Petrobras (PETR4): governo pede suspensão da venda de ativos por 90 dias
A Petrobras (PETR4) informou nesta quarta-feira (1º) que recebeu ofício do Ministério de Minas e Energia (MME) ontem, solicitando a suspensão da venda de ativos por 90 dias. Segundo a pasta, o motivo é a reavaliação da Política Energética Nacional, atualmente em curso, e a instauração da nova composição do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Em dia que foi divulgado o balanço do quatro trimestre da Petrobras e após uma véspera agitada — com a retomada parcial dos impostos sobre os combustíveis e o corte no preço para as distribuidoras —, os ativos preferenciais e ordinários da estatal também estão sendo impactados com o ofício do MME. Nesta quarta, eles operam em baixa de 2,5% e 3,03%, cotados a R$ 26,4 e R$ 27,88, respectivamente.
“Solicito, respeitadas as regras de governança, bem como os eventuais compromissos assumidos com entes governamentais, possibilidade de suspender, pelo prazo de 90 dias, novos processos de desinvestismento e eventualmente os que estejam em trâmite e não concluídos nesta companhia, desde que esta providência não coloque em risco os interesses intransponíveis da Petrobras”, diz documento do MME.
A pasta ainda destaca que, visando subsidiar os estudos sobre o planejamento setorial, “solicita-se o envio de documentos pertinentes referentes aos processos de desinvestimento, observando-se as regras de sigilo e as demais normas de regência aplicáveis ao fornecimento de dados”, completa o ofício do MME à Petrobras.
O Conselho de Administração da Petrobras afirma que analisará os processos em curso.
“Sob a ótica do direito civil e dentro das regras de governança, bem como eventuais compromissos já assumidos, suas cláusulas punitivas e suas consequências, para que as instâncias de governança avaliem potenciais riscos jurídicos e econômicos decorrentes, observadas as regras de sigilos e as demais normas de regência aplicáveis”, diz a Petrobras em nota divulgada.
Com informações do Estadão Conteúdo
Notícias Relacionadas