A presidente da Petrobras (PETR4), Magda Chambriard, afirmou nesta terça-feira (09) que a companhia quer ampliar seus investimentos no setor de gás natural na Bolívia.
Segundo Chambriard, tais investimentos precisam ser capazes de expandir a oferta do gás boliviano ao Brasil com preços competitivos, a fim de atender a demanda crescente da indústria.
As declarações foram feitas durante a participação da CEO da Petrobras no Fórum Empresarial Bolívia-Brasil, na cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.
Magda Chambriard chamou atenção para o fato de que a produção boliviana de gás atingiu um pico de cerca de 60 milhões de metros cúbicos por dia por volta do ano de 2014, sendo que metade desse volume era operado pela Petrobras. Depois disso, contudo, a produção entrou em declínio.
Além disso, a presidente da Petrobras destacou que a subsidiária Petrobras Bolívia chegou a ser responsável por 60% da produção total de gás boliviano no período entre 2007 e 2011.
Atualmente, disse a CEO, a Bolívia tem uma produção de aproximadamente 35 milhões de metros cúbicos por dia, com cerca de 25% de participação operada pela Petrobras. Enquanto isso, 33% das exportações bolivianas de gás são de responsabilidade da estatal brasileira, disse Chambriard.
Ela afirma que a Petrobras quer voltar a produzir 30 milhões de metros cúbicos por dia na Bolívia, mas que, para isso, o investimento tem que ser capaz de entregar gás para fertilizantes e para a indústria petroquímica brasileira a preços acessíveis.
Essa questão é fundamental para a empresa, diz a CEO, a fim de viabilizar os investimentos que a companhia acredita serem essenciais para a parceria entre Brasil e Bolívia.
Hoje, a Petrobras atua em sete áreas na Bolívia. Em quatro, a empresa brasileira é operadora, sendo que uma delas está em processo de devolução. Tais áreas são operadas por meio de contratos de serviço com a estatal boliviana YPFB.