Segundo coluna da Folha de S. Paulo, a presidente da Petrobras (PETR4), Magda Chambriard, teria informado o presidente Lula de que a estatal vai reajustar o preço do diesel. Em relatório, a Santander Corretora afirma que o movimento seria positivo para o lucro e a governança da empresa.
A casa afirma que o reajuste no diesel reforça a lucratividade do segmento de refino da Petrobras e melhora a percepção dos investidores sobre a governança e a política comercial da estatal.
De acordo com os analistas, a Petrobras pode ajustar os preços do diesel em cerca de 4%, trazendo o crack spread para níveis mais próximos da média histórica de US$ 22 por barril (atualmente em US$ 18/bbl).
Essa mudança, segundo a casa, ajudaria a reduzir o desconto em relação ao Preço de Paridade de Importação (PPI), que hoje é de aproximadamente 13%, comparado a 20% na semana passada e 5% em 2024.
Já no caso da gasolina, o Santander aponta que a Petrobras está comercializando o combustível no mercado doméstico com um desconto de cerca de 10% em relação ao PPI, mantendo um crack spread positivo de US$ 5/bbl, embora abaixo da média histórica de US$ 10/bbl.
O Santander mantém a recomendação de compra para as ações da Petrobras (PETR4), reforçando o papel como top pick.
A casa destaca a resiliência da geração de caixa livre (FCF) e dos dividendos da Petrobras, prevendo um dividend yield (DY) de 13% para 2025.
O banco acredita que os possíveis ajustes no preço dos combustíveis podem ser um catalisador importante para as ações PETR4 antes da divulgação dos resultados do 4º trimestre de 2024, fortalecendo assim a confiança do mercado na estratégia comercial da empresa.
Por volta das 15h desta terça-feira (28), a Petrobras operava em queda de 0,24% no Ibovespa, com as ações cotadas a R$ 37,08.