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Petrobras (PETR4): ações sobem 1,1% após indicação de nova diretoria executiva

Petrobras (PETR4): Concluída perfuração em poço da Margem Equatorial

Petrobras (PETR4). Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

As ações da Petrobras (PETR4) fecharam com alta de 1,10% no pregão desta sexta-feira (3), cotados a R$ 24,79, após a indicação do presidente interino, Jean Paul Prates, de cinco nomes para a diretoria executiva da estatal. Ontem, os ativos preferenciais e ordinários da petroleira haviam fechado a sessão com quedas de 4,63% e 4,74%, respectivamente.

No último mês, os ativos da Petrobras operaram com uma desvalorização de 2,49%. No entanto, no acumulado dos últimos 12 meses, subiram 30,37%, de acordo com os dados do Status Invest.

Junto à alta da Petrobras no Ibovespa, ocorre nesta sexta-feira um avanço generalizada das commodities, sobretudo de siderurgia e mineração, que também caíram no pregão de ontem.

Entre as altas das commodities na bolsa hoje, estão:

Prates indica 5 nomes para diretoria executiva

Na noite da última quinta-feira (2), a Petrobras anunciou a indicação feita pelo presidente interino da estatal de cinco novos membros para compor a diretoria executiva.

São estes os indicados por Prates:

Até o momento, os nomes agradaram o mercado financeiro, que considerou a lista com forte teor técnico. Afastando, assim, o fantasma de possíveis indicações políticas que poderiam trazer mais incerteza para a Petrobras.

No radar, porém, ainda estão as mudanças que serão implementadas, principalmente em relação à política de preços da Petrobras. Vale lembrar que os nomes ainda vão passar pelos procedimentos internos de governança corporativa da estatal.

“Todos são de carreira e não acredito que terão dificuldades em aprovar. A questão ainda fica para as incertezas sobre o que o novo CEO mudará na Petrobras”, avaliou Pedro Galdi, analista da Mirae Asset.

Segundo ele, ainda faltam várias questões a serem conhecidas pelo mercado, como a nova concepção de política de dividendos, de desinvestimentos, a revisão do Plano Estratégico 2023-2027 da Petrobras, e a definição sobre possíveis mudanças da política de paridade de importação (PPI).

Para Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, a opção pela “prata da casa” reduz os temores de interferências políticas na estatal.

“Ainda que sigamos acreditando que mudanças relevantes acontecerão na companhia, a opção por escolhas técnicas possivelmente vai atenuar em parte o temor do mercado com a ocorrência de intervenções em maior escala na companhia durante o próximo ciclo. De maneira geral, a tecnicidade dos nomes sugere que as mudanças ocorrerão de forma mais gradual na empresa, o que consideramos positivo”, destaca.

Arbetman também ressaltou que a única exceção ficou por conta do indicado à diretoria de Transformação Digital e Inovação, “mas que tem um bom histórico de atuação em empresas privadas”, afirmou.

Goldman mantém recomendação neutra

Nesta sexta-feira, os analistas da Goldman Sachs destacaram que os nomes indicados para a diretoria executiva da Petrobras desenvolveram suas carreiras dentro da estatal — o que demonstra certa expertise. No entanto, eles ressaltam que serão essas pessoas que irão determinar a nova a nova política de dividendos e a alocação de capital da companhia.

“Permanecemos com classificação neutra na Petrobras porque, apesar da avaliação relativamente barata (rendimento potencial de dividendos em 2023 de aproximadamente 35%), reconhecemos o aumento da incerteza em torno políticas a serem adotadas nos próximos anos.”

Diante disso, a Goldman manteve o preço-alvo da Petrobras de R$ 26,30, um upside de 7,3% em relação ao fechamento de ontem (R$ 24,52).

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