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Petrobras (PETR4): com regras atuais, privatização não faria tanta diferença, diz Silva e Luna

Sob Silva e Luna, Petrobras pagou dividendos recordes com geração de caixa e venda de ativos - Foto: Agência Brasil

Sob Silva e Luna, Petrobras pagou dividendos recordes com geração de caixa e venda de ativos - Foto: Agência Brasil

Com declarações do Palácio do Planalto, a privatização da Petrobras (PETR4) ganhou espaço no noticiário nas últimas semanas. Mas, sem nenhum movimento concreto do governo – fora um ‘pedido de estudo’ -, o presidente da companhia Joaquim Silva e Luna afirmou que a desestatização faria “pouca diferença”.

“Essa é uma decisão que poderá ser tomada a partir de um estudo aprofundado por iniciativa do acionista majoritário, a União. A modificação disso seria a redução daquilo que ela (União) recebe de dividendos e royalties, porque em termos de como ela trabalha a diferença é muito pequena”, disse Silva e Luna, presidente da Petrobras.

O executivo acrescentou ainda, em entrevista à TV Jovem Pan, que a redução do número de estatais é “uma tendência global”, e que a possível privatização da Petrobras reduziria o recebimento de dividendos pelo governo.

“Ser uma empresa privada ou estatal, como ela funciona hoje, a diferença é muito pequena”, acrescentou.

“Ela (Petrobras) tem um sistema de governança e conformidade que dificilmente seria alterado. Poderia ser privatizada? Sim, essa é a tendência do mundo, de diminuir as estatais”, adicionou.

O general da reserva confirmou ainda que o novo plano de negócios da estatal, que será divulgado na quinta-feira (25), manterá o seu foco no pré-sal, confirmando reportagem da Reuters publicada na semana passada.

Bolsonaro diz que revê política de preços da Petrobras

Em mais um ataque à Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, 23, que o governo busca rever a política de preços da estatal que alinha os reajustes dos combustíveis ao preço do barril de petróleo no mercado internacional.

“Tivemos problemas sérios no passado, além da corrupção: a questão da paridade com o preço internacional. Estamos buscando rever issao”, disse Bolsonaro à Rádio Correio, da Paraíba. A entrevista foi gravada na manhã desta terça-feira no Palácio da Alvorada, mas não constava da agenda oficial do chefe do Executivo.

Com a alta dos combustíveis comprometendo sua popularidade, Bolsonaro tem feito uma série de críticas à Petrobras e aos impostos cobrados por governadores sobre os derivados de petróleo. O presidente já chegou a dizer, por exemplo, que a estatal dá muito lucro.

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