Petrobras conclui a venda dos campos do Rio de Janeiro à Perenco por US$ 398 milhões
A Petrobras informou em seu fato relevante, na última terça-feira (8), que concluiu a venda dos campos de Pargo, Carapeba e Vermelho, localizados no estado do Rio de Janeiro, para a empresa Perenco Petróleo e Gás do Brasil.
Após o cumprimento de todas as condições precedentes, a operação foi concluída com o pagamento de cerca de US$ 324 milhões (aproximadamente R$ 1,3 bilhão) para a Petrobras. A venda foi feita com todos os ajustes previstos nos contratos. Esse valor se soma ao montante de US$ 74 milhões paga à petrolífera na assinatura dos contratos de venda.
“Essa operação está alinhada à otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando à geração de valor para os nossos acionistas”, informou a estatal.
Desinvestimento da Petrobras
Segundo o presidente da petrolífera, Roberto Castelo Branco, a venda faz parte do plano de desinvestimento. O presidente informou que a conclusão desse acordo se assemelha a operação de venda dos ativos do nordeste. Além disso, ressaltou que desinvestimento não significa “desmonte”
“Gostaria de deixar claro que não há nenhum desmonte, nenhum fechamento na Petrobras no Nordeste, onde vamos continuar buscando a exploração em águas profundas”, salientou o presidente na última terça-feira durante uma audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.
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Castello Branco ressaltou que os trabalhadores não serão prejudicados com a venda das refinarias. “Quem comprar um refinaria no Brasil certamente não vai chegar e demitir todo mundo. Não vai trazer marcianos para operá-la, pois quem sabe operar refinaria no Brasil são os funcionários da Petrobras”.
Além disso, o presidente salientou que a venda desses ativos estão relacionados a sua rentabilidade para a companhia
“Na Bahia, que já foi muito importante para a Petrobras, temos, hoje, 2.980 poços produtores, nos quais produzimos 27 barris de petróleo por dia e 3 milhões de metros cúbicos de gás natural. Isto representa respectivamente, 1% e 1,5%, de toda a produção do petróleo e gás da empresa”, disse Castello Branco.
“Lamentavelmente, nossa produção na Bahia ficou irrelevante. E em outros estados do Nordeste também. O Ceará, por exemplo, é responsável por 0,2% da nossa produção total e petróleo. O Rio Grande do Norte, por 2%. Alagoas, por 0,4%, e Sergipe por 1% “, acrescentou o presidente da Petrobras.