Nesta segunda-feira (9), a companhia petrolífera estatal Petrobras (PETR3; PETR4) anunciou em comunicado, que começará uma oferta para a troca ou recompra de sete títulos globais por outros novos com data de vencimento em 2030.
Os novos títulos terão data de vencimento em 15 de janeiro de 2030, com pagamentos de juros semestrais e rendimento ao investidos iguais às taxas dos títulos do Tesouro dos EUA a dez anos, com acrescimento de 3,22% por ano. De acordo com a Petrobras, a oferta de troca irá expirar às 17h da próxima sexta-feira (13).
Companhia investirá em fontes renováveis
A Petrobras planeja investir em fontes de energia renováveis somente na área de pesquisa. Focada em diminuir sua alavancagem financeira, a estatal não estima investimentos em projetos de fontes limpas no segmento comercial.
O plano da Petrobras vai em desencontro com outras empresas da mesma área no âmbito internacional. As companhias europeias procuram diversificar seu portfólio, buscando uma matriz limpa, diminuindo a propagação do carbono.
A empresa considera que investir em renováveis atualmente gera benefícios de marketing, entretanto, ainda sem retorno financeiro.
Saiba mais: Petrobras direciona investimentos em fontes renováveis à área de pesquisa
“Estamos investindo em pesquisa apenas. Não vamos investir em operações que requerem competências diferentes do negócio de petróleo e gás. Primeiro, se formos entrar nesse jogo, nós temos que entrar para ganhar. E não entrar açodadamente só porque os outros estão fazendo. É proibido perder dinheiro” disse Castello Branco em agosto, na entrevista coletiva de apresentação do resultado trimestral da Petrobras.
Petrobras diverge de concorrentes
Em determinado ponto, o executivo tem razão: a participação das renováveis ainda é pequeno no faturamento das petroleiras ao redor do mundo. O avanço relativamente “tímido” dos maiores players do segmento para uma indústria mais renovável já está sendo impactado pelo mercado.
O valor total da alienação de € 86 milhões é devido aos negócios de longo prazo das companhias em que tem a participação serem incompatíveis com o Acordo de Paris.