Petrobras (PETR4): JPMorgan aumenta recomendação da estatal com valorização de 21,5% no preço-alvo
O JPMorgan anunciou em um novo relatório uma maré de otimismo para a Petrobras (PETR4) e recomendou aos acionistas aumentar sua exposição às ações da empresa. O posicionamento da companhia financeira trocou sua exposição à petroleira de neutra para overweight (uma exposição acima da média do mercado).
De acordo com informações publicadas pelo InfoMoney, para a estatal petroleira, a nova previsão é de um novo preço-alvo em PETR3 de R$ 30,50 para R$ 41, uma valorização de 21,5% sobre o último pregão da sexta-feira (9). Para PETR4, a mira também foi colocada nos R$ 41,00, um aumento de 35,4%.
Quanto aos ADRs PBR e PBR-A, negociados na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), os preços-alvo tiveram uma alta recalculada para 12,65% e 24,60%, respectivamente em relação ao encerramento da sexta-feira. Assim, o preço-alvo do American Deposit Receipt ficou em US$ 15,50.
Após uma encurtada de posição pelo JPMorgan com o resultado das eleições presidenciais brasileiras em outubro de 2022, a instituição parece ter uma nova perspectiva sobre o potencial da petroleira no cenário brasileiro e internacional. A principal justificativa apresentada pelos analistas que assinam o relatório, Rodolfo Angele, Milene Clifford Carvalho e Henrique Cunha, foi de que a nova diretoria não deve fazer mudanças drásticas na estratégia da empresa, o que deixava o mercado apreensivo.
O movimento de aumento de posição na Petrobras também foi visto na semana anterior pelo Morgan Stanley, que também recomendou aos acionistas uma elevação à exposição nas ações da Petrobras.
Positividade do JPMorgan para Petrobras
Em seu relatório, o JPMorgan analisou alguns pontos principais pelos quais acredita que é tempo de aumentar o posicionamento na empresa petroleira brasileira.
O primeiro deles é de que havia um grande temor de que a nova diretoria fizesse uma grande reformulação na política de preços do combustível. Ambos os limites superior e inferior seguem em bons níveis, o que reduz as chances do combustível ser vendido abaixo da paridade internacional, cenário que anteriormente trouxe perdas substanciais para os negócios de refino e comercialização (downstream).
Além disso, o setor do baixo carbono deve ser um foco de capex (capital expenditure, do inglês, ou os investimentos feitos pela empresa), sob uma lógica de upstream (produção de óleo e gás e explorações) e os lucros volumosos obtidos com o pré-sal.
Por fim, os analistas também acreditam que os dividendos podem sofrer um encurtamento, mas manter a frequência trimestral e alinhada às demais empresas do setor petrolífero.
Outros temas também mencionados no relatório, levando em consideração que podem vir a ecoar nos números da Petrobras são os acordos de venda da Braskem (BRKM5) e o uso da marca pela Vibra (VBBR3).
Os analistas reforçam que “dada à substancial geração de fluxo de caixa livre da empresa, acreditamos que a relação risco-retorno é favorável, e como tal, atualizamos nossa recomendação de volta para overweight.“
Tal posicionamento reflete um distanciamento ainda maior da “postura conservadora” sobre a Petrobras que havia sido anunciada no ano anterior e agora demonstra mais conforto em recomendar a empresa com mais força para os investidores.