O diretor-executivo de Desenvolvimento da Produção e Tecnologia da Petrobras, Rudimar Lorenzatto, afirmou nesta terça-feira (20) que a estatal nunca mais terá 70 sondas de perfuração operando simultaneamente.
A medida faz parte do plano de desinvestimentos da Petrobras. Dessa forma, o intuito é direcionar os recursos da petrolífera para projetos de maior rentabilidade.
Além disso, a companhia pretende vender ativos considerados não essenciais. Por meio dessas medidas, a petrolífera pretende pagar suas dívidas.
Lorenzatto não descartou a possibilidade de outras empresas do País um dia operarem esse número de sondas. “A Petrobras nunca mais vai ter 70 sondas, como no auge do pré-sal. Talvez o Brasil tenha”, afirmou o diretor-executivo.
Outra razão para que a petrolífera não tenha mais esse número de operações é a falta de recursos financeiros. “Os investimentos da Petrobras têm limite, antigamente a gente tinha muita perfuração junta, agora não”, ressaltou Lorenzatto.
Desinvestimentos anteriores da Petrobras
No mês passado, a Petrobras deu início a fase não vinculante do processo de venda de sua participação na Compañia Mega SA, na Argentina.
A venda da participação da companhia na Mega faz parte do plano de desinvestimento da petrolífera nacional que acontece há alguns anos e foi intensificado no governo do presidente Jair Bolsonaro.
A estatal já anunciou a venda de oito de suas 13 refinarias para arrecadar cerca de US$ 15 bilhões. Além disso, a petrolífera pretende reduzir em US$ 8,1 bilhões seus custos operacionais.
A nova gestão presidida pelo economista, Roberto Castello Branco, que tem viés liberal, busca levantar recursos com a venda de ativos considerados ‘não essenciais’.
Desinvestimento não é desmonte
O presidente da petrolífera, Roberto Castello Branco, afirmou que os desinvestimentos já realizados, assim como os previstos no futuro, não significam uma redução de empregos e desmonte da estatal.
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Para Castello Branco, a venda de ativos estimulará o ingresso de outras empresas no setor petrolífero.
“Desinvestimentos não significam redução de empregos e desmonte. A Petrobras foi quase desmontada. Estamos reconstruindo a Petrobras”, explicou o presidente da estatal.