Petrobras altera forma de remuneração aos acionistas
A Petrobras (PETR3; PETR4) anunciou que seu Conselho de Administração aprovou a nova Política de Remuneração aos Acionistas.
Em reunião na última quarta-feira (28), foi acordado que a nova forma de remuneração dos investidores da estatal passará a considerar o endividamento e fluxo de caixa da Petrobras como critério.
“Os critérios utilizados permitem equilibrar a remuneração aos acionistas com a sustentabilidade financeira da Petrobras e a manutenção de sua capacidade de investimento”, afirmou a empresa em nota.
Endividamento da Petrobras é crucial
A alteração mais relevante na nova política, segundo a Petrobras, é a definição de que, se o endividamento bruto for inferior a US$ 60 bilhões, a empresa poderá distribuir 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e os investimentos aos seus acionistas.
Quando o endividamento bruto for superior a US$ 60 bilhões, a estatal poderá distribuir aos seus investidores os dividendos mínimos obrigatórios na lei e no seu Estatuto Social.
“A nova política está em consonância com a estratégia de redução do endividamento da companhia e a busca pela maior geração de valor para os nossos acionistas”, disse a Petrobras.
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No final do segundo semestre, segundo a divulgação da empresa, a Petrobras possuía uma dívida bruta de US$ 101 bilhões de dólares.
Credit Suisse avalia positivamente a nova política
O Credit Suisse analisou positivamente a nova política de dividendos da maior petrolífera da América Latina.
“Existem duas importantes mensagens: desalavancagem é a prioridade principal e a compensação aos acionistas será mais transparente no planejamento da estatal”, disseram os analistas Regis Cardoso e Victor Schmidt.
Nesta quinta-feira (29), em relatório, o Credit Suisse disse “acreditar que o aumento da transparência nos dividendos futuros é positivo por prover uma referência de valor subjacente às ações da Petrobras”
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Entretanto, os especialistas do banco suíço acreditam que a nova política provavelmente não será implementada no curto prazo. De acordo com seus analistas, a estatal deve reduzir o endividamento bruto usando US$ 18 bilhões de seu caixa.
“Acreditamos que os dividendos de 2019 e de 2020 permanecerão ditados pela lei de pagamento mínimo de 25% do lucro líquido” afirmaram.
Na última quarta-feira (28), as ações ordinárias da Petrobras finalizaram o pregão apresentando uma alta de 1,03%, sendo negociadas a R$ 24,59 na Bolsa de Valores de São Paulo.