Presidente da Petrobras afirma que monopólio é ‘criador de ineficiência’
Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras (PETR3; PETR4), salientou nesta sexta-feira (6) sua visão de que o monopólio da estatal nos segmentos de gás natural e refino é prejudicial para a empresa.
Segundo o CEO da Petrobras, o “monopólio é um criador de ineficiência”. A afirmação foi feita em Londres, em um encontro com investidores.
Castello Branco reforçou que a estatal petrolífera pretende desinvestir de oito refinarias, que são equivalentes a metade da capacidade de refino da empresa, além disso, salientou que assinou um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para estimular a concorrência no mercado brasileiro de gás.
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O executivo também salientou que a companhia procura diminuir os custos e buscando eficiência para gerar valor mesmo em um eventual cenário de baixo preço do petróleo.
O presidente havia dito dias atrás que a companhia está trabalhando em um processo de transformação cultural. Segundo o executivo, o novo plano estratégico contará com cinco pilares, sendo eles:
- maximização do retorno sobre o capital empregado;
- redução do custo de capital;
- busca incessante por custos baixos;
- meritocracia e respeito às pessoas;
- meio ambiente e segurança.
Petrobras pretende distribuir US$ 34 bi em dividendos
A Petrobras informou, na última quarta-feira (4), que pretende distribuir US$ 34 bilhões (cerca de R$ 143 bilhões) em dividendos até 2024.
De acordo com a diretora financeira da empresa, Andrea Almeida, o pagamento de dividendos passará por um aumento substancial quando a dívida bruta da petrolífera atingir US$ 60 bilhões (no final do terceiro trimestre, a dívida era de US$ 89,9 bi).
A executiva salientou que a distribuição dos recursos neste formato é um dos melhores usos para o caixa da estatal no futuro.
Segundo Almeida, a Petrobras pretende diminuir a diferença entre seus valores de mercado e patrimonial ao longo dos próximos dois anos. Para isso, a petrolífera prevê a redução de 15% de seus gastos corporativos de 10% dos custos até 2021.