A agência de classificação de risco Moody’s informou nesta segunda-feira (13) que Petrobras (PETR3;PETR4) está mais segura que outras empresas da América Latina. Quando comparada com a mexicana Pemex, a chilena ENAP e a argentina YPF, a petroleira brasileira é menos sensível a crises no mercado.
De acordo com a, Senior Vice President na Moody’s, Nymia Almeida, o cenário que a Petrobras apresenta parece ser mais favorável, principalmente com os US$ 8 bilhões (cerca de R$ 43 bilhões) em linhas de crédito compromissado que vencem em 2023 e 2024. Além disso, o plano de cortar despesas em cerca de US$ 3 bilhões neste ano é uma notícia positiva para a estatal brasileira.
No entanto, a análise da agência de classificação de risco Moody’s indicou que as medidas tomadas pelas empresas de petróleo e gás da América Latina para proteger liquidez foram “apenas parcialmente bem sucedidas”.
No exterior, Almeida entende que a mexicana Pemex deve precisar captar mais recursos estrangeiro até 2021. Ao mesmo tempo, os fluxos de caixa da chilena ENAP e da argentina YPF deverão sofrer com as quedas no preço e na demanda do petróleo.
A Moody’s explicou que “os preços do petróleo e a demanda por combustíveis baixos terão menos efeito nas métricas de crédito da Ecopetrol devido ao forte fluxo de caixa de seus negócios, mas a empresa cortou seus planos de investimentos em 2020 para US$ 3,3 bilhões a US$ 4,3 bilhões, ante US$ 4,5 bilhões a US$ 5,5 bilhões originalmente, juntamente com outras despesas”.
Moody’s revisa perspectivas de crescimento
Em junho, a Moody’s reduziu as perspectivas econômicas para o Brasil neste ano e alertou para riscos relacionadas ao novo coronavírus.
A agência de rating informou em seu relatório que projeta uma queda de 6,2% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, mais em linha com o consenso entre os economistas. A previsão anterior feita pela instituição mostrava uma retração de 5,2% para a economia do Brasil.
Saiba mais: Moody’s reduz perspectivas para economia do Brasil
A Moody’s destacou no documento que o País está no topo da lista de nações que combatem para diminuir as taxas de infecção e alertando que a recuperação econômica está vulnerável ao aprofundamento das incertezas quanto à capacidade de controlar a epidemia.