Petrobras deve levantar R$ 3,3 bilhões com venda de 10% da TAG
A Petrobras (PETR3; PETR4) informou que pretende levantar mais de R$ 3,35 bilhões com a venda da fatia remanescente de 10% na Transportadora Associada de Gás (TAG).
A Petrobras espera que a negociação seja concluída com prêmio em relação ao valor pago pela Engie (EGIE3) e pelo fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ) pela aquisição, em julho do ano passado, de 90% da TAG.
O montante pago por 90% de participação na transportadora foi de R$ 33,5 bilhões. O diretor de relações institucionais da petrolífera, Roberto Ardhenguy, já havia salientado, no mês passado, que para adquirir participação total na empresa, o valor pago por cada papel seria maior.
“Quando você quer adquirir o controle total, você tem de pagar mais”, afirmou o diretor.
O processo de venda da fatia restante da petrolífera na transportadora teve início na última sexta-feira (17). Segundo um comunicado publicado pela estatal, a venda tem como objeto otimizar o portfólio da companhia e melhorar a alocação de capital para maximizar os lucros aos acionistas.
A TAG é proprietária de um sistema de gasodutos de 4,5 mil quilômetros, nas regiões Norte e Nordeste, tendo capacidade para transportar 75 milhões de metros cúbicos em gás natural por dia.
Venda de 90% da TAG pela Petrobras
A venda de 90% de participação na TAG pela Petrobras foi concluída no dia 13 de junho de 2019. Dos R$ 33,5 bilhões pagos pela Engie e pelo CDPQ, cerca de R$ 2 bilhões foram enviados ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para abater uma dívida da TAG.
Saiba mais: Petrobras inicia processo de venda dos 10% restantes da TAG
Com isso, a petrolífera ficou com apenas 10% da empresa e continuou utilizando os serviços de transporte da TAG. Por meio de nota, a estatal afirmou que a transferência de comando não impactou suas operações e nem a entrega de seu gás natural aos clientes.
Para a Engie a compra da TAG pela Petrobras marca a entrada da empresa no setor de gás natural no País. De acordo com o presidente da empresa no Brasil, Maurício Bähr, “a aquisição possibilita rápido o crescimento no País com novas fontes de receitas em uma nova linha de negócios, garantindo a sustentabilidade do grupo no longo prazo”.