Petrobras fará leilões de gás natural da Bolívia, diz ANP
A Petrobras (PETR4) pretende realizar leilões para vender o gás natural que importa da Bolívia. A informação foi divulgada, nesta quinta-feira (16), pelo diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP), José Cesário Cecchi.
De acordo com Cecchi, a Petrobras venderá parte do gás natural contratado junto à estatal boliviana YPFB pelo preço de compra somado a uma margem de comercialização de 2,4%.
“A Petrobras vai repassar os contratos de venda da molécula que tem com a YPFB e de compra da capacidade de transporte que tem com a TBG [Transportadora Gasoduto Bolívia-Brasil], com uma margem de comercialização. Ela vai se tornar uma comercializadora para terceiros”, afirmou Cecchi.
Por meio da medida, a estatal pretende reduzir sua participação no mercado de gás natural. No ano passado, a petrolífera assinou um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que prevê a venda de ativos deste segmento.
A estatal brasileira contratou toda a capacidade do gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) para 2020, ou seja, 18 milhões de metros cúbicos diários. Contudo, para 2021 a companhia reduziu a participação para 8 milhões de m³/dia. Por conta disso, a petrolífera deverá liberar 10 milhões m³/dia para outras empresas.
Petrobras venderá polos na Bacia do Espírito Santo
A Petrobras deu início, na última quarta-feira (15), ao processo para a venda da totalidade de sua participação nos Polos Golfinho e Camarupim, de acordo com o comunicado da companhia. Ambas as concessões marítimas ficam nas águas profundas no pós-sal da Bacia do Espírito Santo.
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A estatal petrolífera possui 100% de participação em ambas as concessões. Já o bloco exploratório BM-ES-23, no Polo Golfinho, está dividido entre a estatal com 65% e o restante entre PTTEP e Inpex.
A Petrobras afirmou ter iniciado em agosto de 2018 o processo para comprar a participação da Ouro Preto no campo de Camarupim Norte, prevendo o término da transação ainda no primeiro trimestre de 2020.