Petrobras planeja investir US$ 75,7 bilhões entre 2020 e 2024

A Petrobras (PETR3; PETR4) informou na manhã desta quinta-feira (28), por meio de um fato relevante, que pretende investir US$ 75,7 bilhões (R$ 321,2 bilhões na cotação atual) de 2020 a 2024. A previsão é menor do que no plano anterior, dos anos 2019-2023, de US$ 84,4 bilhões.

Segundo o plano estratégico da Petrobras, de todo o valor levantado para os investimentos, 85% será destinado ao segmento de exploração e produção (E&P). O planejamento para o quinquênio foi aprovado pelo Conselho de Administração na última quarta-feira (27).

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“Essa alocação está aderente ao nosso posicionamento estratégico, com foco nos ativos de E&P, especialmente no pré-sal, nos quais a Petrobras tem vantagem competitiva e geram mais retorno para os investimentos”, informou a estatal.

Além disso, a petroleira prevê desinvestimentos de US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões entre os anos de 2020 e 2024. O montante é similar com o plano de venda de ativos anterior, de US$ 26,9 bilhões até 2023. Na nova estratégia, a Petrobras salientou que a maior parte dos desinvestimentos devem ocorrem entre os anos de 2020 e 2021.

Petrobras eleva a projeção de produtividade

A estatal prevê atingir a produção de 2,2 milhões de barris de petróleo por dia a partir do ano que vem, variando 2,5% para mais ou para menos, segundo o plano estratégico. A meta atualizada é sensivelmente maior à meta de 2019, de 2,1 milhões de barris por dia.

Com relação à produção total de petróleo e gás natural da companhia, a meta para 2020 é de 2,7 milhões de barris de óleo equivalente (BOE) por dia, com variação de 2,5% para mais ou para menos. O número é igual à meta atualizada para este ano.

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No fim do período do plano traçado, em 2024, a companhia espera alcançar uma produção de petróleo de 2,9 milhões de barris por dia. Neste cenário, a estatal espera atingir uma produção total de óleo e gás de 3,5 milhões de BOE/dia.

Estatal estudou as perspectivas

Para o levantamento do plano estratégico do período, a Petrobras levou em consideração um possível cenário resiliente, que é utilizado como preço de equilíbrio (breakeven) mínimo de projetos.

Além disso, a companhia espera preços do petróleo em um menor patamar, cerca de US$ 50 o barril para os próximos cinco anos e de US$ 45 o barril no longo prazo.

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Segundo a petroleira, o planejamento se passa por um anova ferramenta de gestão, o Economic Value Added (EVA). Esse indicador representa o início de uma avaliação de desempenho que objetiva a geração de valor, transformando a cultura da empresa por meio de incentivos claros aos gestores e profissionais.

“A Petrobras do futuro será uma companhia com retorno operacional superior ao seu custo de capital, posicionada em ativos de classe mundial, com operação focada em óleo e gás, avançando na exploração e na produção do pré-sal brasileiro, um parque de refino eficiente, com capacidade para processar 1,1 milhão de barris diários”, salientou a companhia.

A direção espera que a alavancagem, calculada pela relação dívida líquida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) permaneça abaixo de 1,5x durante todo o período do projeto traçado.

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A Petrobras mantém a meta de alcançar o indicador 1,5x já no ano que vem. No terceiro trimestre deste ano, o indicador foi de 2,58x. Para 2021, a empresa espera alcançar US$ 60 bilhões (R$ 254,71 bilhões) de dívida bruta, “o que aumentará a remuneração aos acionistas em linha com a nova política de dividendos já anunciada”.

Jader Lazarini

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